Emirados Árabes Unidos saúdam veto de Trump sobre a guerra no Iémen
Os Emirados Árabes Unidos saudaram hoje o veto presidencial norte-americano a uma resolução do Congresso que pedia o fim do apoio dos Estados Unidos à coligação militar que intervém no Iémen.
© Reuters
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"A importante decisão do presidente Trump é oportuna e estratégica", considera o ministro dos Negócios Estrangeiros dos Emirados Árabes Unidos, Anwar Gargash, através de uma mensagem difundida através da rede social Twitter.
Gargash afirma também que a coligação, que inclui os Emirados Árabes Unidos, continua a "apoiar os esforços de paz das Nações Unidas para o Iémen" e tem presente "a dimensão humanitária e política" da "crise" que o país enfrenta.
A resolução vetada pelo presidente norte-americano Donald Trump exortava ao fim de todo o apoio norte-americano à coligação árabe no Iémen, liderada pelos militares sauditas.
"Esta resolução é uma tentativa - desnecessária e perigosa - de enfraquecer os meus poderes constitucionais, pondo em perigo a vida dos cidadãos norte-americanos", afirmou Trump, numa declaração sobre o texto adotado pelas duas câmaras do Congresso no dia 04 de abril.
Pela primeira vez em 45 anos, o Congresso utilizou uma lei votada em 1973 ('War Powers Resolution') que limita os poderes militares do chefe de Estado norte-americano em relação a conflitos no estrangeiro.
A rara união entre democratas e republicanos nesta votação pode ser explicada em grande medida pela indignação do Congresso dos Estados Unidos face ao assassínio em Istambul do jornalista saudita Jamal Khashoggi por um comando de Riade, em outubro de 2018.
O veto já era esperado, pois em março a Casa Branca já tinha manifestado "firme oposição" a esta resolução "imperfeita", dando a entender que seria vetada pelo Presidente.
De acordo com as Nações Unidas, a guerra no Iémen provocou uma crise humanitária que afeta milhões de pessoas.
Segundo a Organização Mundial de Saúde mais de 10 mil pessoas morreram, na maior parte civis, por causa do conflito, mas várias organizações não-governamentais estimam que o número de vítimas é muito superior.
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