Papa e rei marroquino assinam documento pela preservação de Jerusalém
O Papa Francisco e o Rei Mohamed VI assinaram este sábado um documento que apela à preservação de Jerusalém como um "símbolo de coexistência", um património mundial e um local de encontro e culto para as três religiões monoteístas.
© Reuters
Mundo Marrocos
A assinatura do documento ocorreu no início do primeiro dia da visita oficial do Papa a Marrocos, após a reunião de Francisco e Mohamed VI realizada no palácio real.
"Acreditamos que é importante preservar a Cidade Santa de Jerusalém como património comum da humanidade e, sobretudo, para os fiéis das três religiões monoteístas, como lugar de encontro e símbolo da coexistência pacífica, onde se cultiva o diálogo e o respeito mútuo", de acordo com o texto assinado.
Neste apelo, Francisco e Mohamed VI também pedem para que se preserve e promova o caráter "multirreligioso específico, a sua dimensão espiritual e a peculiar identidade cultural de Jerusalém".
É também pedido que "na Cidade Santa se garanta a plena liberdade de acesso aos fiéis das três religiões monoteístas e o direito de cada um a exercer ali o seu culto".
Em várias ocasiões, Francisco pediu que se respeite o estatuto atual desta cidade, conforme as resoluções pertinentes das Nações Unidas, observando que Jerusalém "é uma cidade única, sagrada para judeus, cristãos e muçulmanos, que venera os lugares santos das respetivas religiões e tem uma vocação especial para a paz".
O Papa chegou hoje a Rabat para iniciar uma visita de dois dias, quase 33 anos depois da visita que realizou João Paulo II, em 1985, a este país africano.
Francisco foi recebido pelo rei Mohamed VI, que estava acompanhado pelo príncipe herdeiro Moulay Hassan, e pelo irmão do monarca, o príncipe Moulay Rachid.
O diálogo inter-religioso e uma aproximação à comunidade cristã marroquina são os temas que irão marcar a visita de Francisco a Marrocos, a convite do rei Mohamed VI.
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