Candidato Benny Gantz não hesitará em usar a força contra o Irão
O centrista Benny Gantz, candidato do Partido Azul e Branco às eleições legislativas em Israel, afirmou hoje em Washington que não hesitará em "utilizar a força" contra o Irão "em caso de necessidade".
© Reuters
Mundo Israel
Falando na conferência anual do 'lobby' pró-judaico American Israel Public Affairs Committee (AIPAC), o ex-chefe de estado-maior e principal adversário do primeiro-ministro cessante, Benjamin Netanyahu, nas eleições de 9 de abril prometeu ainda que o exército do Estado hebreu controlará sempre a segurança da Cisjordânia.
Benny Gantz saudou a decisão do chefe de governo israelita, igualmente presente na capital dos Estados Unidos, de encurtar a sua visita após o encontro hoje com o presidente Donald Trump, devido aos acontecimentos de hoje em Israel, onde o disparo de granadas de morteiro a partir de Gaza causou feridos a norte de Telavive.
"Também vou regressar hoje a Israel para apoiar o nosso povo e se for necessário combater por ele", disse.
À frente de uma aliança centrista, Gantz quis mostrar firmeza em relação ao Irão, garantindo que Israel nunca o autorizará a "instalar-se na Síria", em cuja guerra Teerão está envolvido como aliado do regime de Bashar al-Assad, ou a "desenvolver armas nucleares".
"Comigo não poderá tornar-se uma potência regional e não hesitarei em utilizar a força em caso de necessidade", adiantou.
Em relação ao conflito israelo-palestiniano, Gantz declarou-se aberto à paz "com qualquer líder árabe honesto", mas, adiantou, "a responsabilidade da segurança da terra de Israel permanecerá nas mãos das forças de defesa israelitas e apenas nestas".
Face a um candidato como Benjamin Netanyahu acusado de dividir a sociedade israelita e com processos judiciais, Benny Gantz tem vindo a insistir "na unidade" necessária e na luta contra "a corrupção".
"A força e o poder devem ser acompanhados de uma alta moralidade", defendeu.
Benjamin Netanyahu chegou no domingo a Washington para participar na conferência do AIPAC, que decorre até terça-feira.
O chefe do governo do Estado hebreu reúne-se esta tarde com o presidente dos Estados Unidos, que, segundo o chefe da diplomacia israelita, vai reconhecer hoje a soberania de Israel sobre grande parte dos Montes Golã, ocupados à Síria e posteriormente anexados.
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