Lesoto declara estado de calamidade por altas taxas de desemprego

O Lesoto declarou estado de calamidade nacional até junho de 2027 devido às altas taxas de desemprego, particularmente o juvenil, numa conjuntura de incerteza face às tarifas anunciadas pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, noticiou hoje a BBC.

The mountain kingdom of Lesotho amid Trump's tariffs turmoil

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Lusa
09/07/2025 14:05 ‧ há 6 horas por Lusa

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O Lesoto, nação incrustada no território da África do Sul, foi dos países que sofreu as tarifas mais altas - 50% - em abril, embora estas tenham sido suspensas desde então. 

 

O vice-primeiro-ministro Nthomeng Majara disse que o estado de calamidade ficará em vigor até 30 de junho de 2027.

O desemprego no Lesoto é de 30%, mas para os jovens a taxa é de quase 50%, de acordo com dados oficiais.

A declaração, em conformidade com a Lei de Gestão de Calamidades do país, permite ao Estado "tomar todas as medidas necessárias para minimizar os efeitos das catástrofes", entre outras.

A economia dependente do setor têxtil já enfrentava um desemprego altíssimo, especialmente entre os jovens, antes de Trump cortar a ajuda externa e aumentar as barreiras comerciais.

As tarifas de Trump podem ser o golpe fatal para o pacto comercial entre os Estados Unidos da América (EUA) e África, frisou o meio de comunicação social britânico.

O Lesoto foi um dos maiores beneficiários da Lei de Crescimento e Oportunidades para a África (Agoa) dos EUA, que concede acesso comercial favorável a alguns países para promover o seu crescimento económico.

De acordo com o Governo dos EUA, os dois países comercializaram bens no valor de 240 milhões de dólares (205 milhões de euros) em 2024, principalmente em exportações do Lesoto para os EUA, em particular têxteis e vestuário.

No entanto, isso acabou quando Trump impôs um imposto de 10% sobre o Lesoto, juntamente com outras nações, no início deste ano, sendo que os 50% adicionais foram suspensos.

Um dos objetivos de Trump com o anúncio das tarifas é reduzir o défice comercial do seu país com o resto do mundo.

O Governo do Lesoto alertou que poderá perder até 40.000 empregos se a Agoa não for renovada no final de setembro.

O ministro do Comércio do Lesoto, Mokhethi Shelile, disse ao 'site' de notícias de negócios sul-africano Moneyweb, no mês passado, que os compradores norte-americanos "não estavam a fazer encomendas porque não entendiam o que iria acontecer".

O país também foi duramente atingido pelo fim dos programas da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) em todo o mundo.

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