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Representantes do Governo e do Grupo Internacional reuniram-se em Caracas

Representantes do Grupo Internacional de Contacto (GIC), composto por vários países da União Europeia, o Uruguai e o Governo do Presidente Nicolás Maduro, reuniram-se hoje em Caracas, com a crise venezuelana na agenda.

Representantes do Governo e do Grupo Internacional reuniram-se em Caracas
Notícias ao Minuto

23:48 - 20/03/19 por Lusa

Mundo Venezuela

Trata-se do segundo encontro (o primeiro ocorreu em finais de fevereiro) e na reunião esteve presente, pelo lado da Venezuela, os vice-ministros das Relações Exteriores para a Europa e dos Assuntos Multilaterais, Yván Gil e Félix Plasencia, respetivamente.

Sem precisar quais os representantes estrangeiros que estiveram presentes, o Ministério das Relações Exteriores da Venezuela divulgou um comunicado precisando que neste "segundo" encontro entre os representantes do GIC e altos funcionários do Estado venezuelano "foram exploradas vias de cooperação técnica no âmbito do sistema das Nações Unidas e em estreito apego ao direito internacional".

"O vice-ministro Yván Gil abordou, neste contexto, a necessidade de superar os aspetos relacionados com o bloqueio económico e financeiro imposto pelo Governo dos Estados Unidos contra aquele país sul-americano, que tem dificultado o acesso a medicamentos e alimentos para a população venezuelana", refere o comunicado.

Segundo documento, Yván Gil precisou que "mais de 50 mil milhões de dólares estão retidos no sistema financeiro internacional, dos quais mais de 4 mil e 500 milhões em ativos de conversão rápida continuam bloqueados apenas na Europa", reiterando o pedido do Governo venezuelano "de que esses recursos sejam libertados, para a compra imediata de medicamentos, quer através das estruturas técnicas que a União Europeia disponha, quer através das Nações Unidas (ONU)".

O comunicado ratifica "a posição do Governo do Presidente Nicolas Maduro, no sentido de receber todo o tipo de cooperação, no âmbito das Nações Unidas e da cooperação bilateral entre os países do Grupo de Contacto Internacional e Venezuela".

"O diplomata enfatizou que as medidas coercivas unilaterais adotadas pelo Governo de Donald Trump [EUA] em relação ao país latino-americano violam os princípios mais elementares do direito internacional e da Carta da ONU", explica.

Segundo o comunicado, o vice-ministro Félix Plasencia, por sua vez, "lamentou a posição tomada por alguns países da União Europeia", uma situação contrária à legislação e às leis venezuelanas, surgida a partir da autoproclamação do deputado da Assembleia Nacional Juan Guaidó como presidente interino do país.

"No final de fevereiro, o ministro de Relações Exteriores da República Bolivariana da Venezuela, Jorge Arreaza, recebeu uma delegação do Grupo Internacional de Contacto, criado em 07 de fevereiro último, no Uruguai, em conformidade com as instruções do Presidente Nicolás Maduro, focada na preservação da paz do país sul-americano", refere.

Nessa ocasião Jorge Arreaza insistiu na "necessidade de avançar no estabelecimento de um mecanismo de diálogo nacional, sem condicionamento nem ingerências externas, que permita não apenas o entendimento político entre as partes na controvérsia na Venezuela, mas também a preservação da paz e a recuperação económica da nação".

O Grupo de Internacional de Contacto é integrado pela França, Alemanha, Itália, Espanha, Portugal, Suécia, Holanda, Inglaterra, Equador, Costa Rica, México, Uruguai e Bolívia.

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