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Hezbollah critica Londres por estar na lista de organizações terroristas

O movimento político e militar Hezbollah rejeitou hoje a decisão do Reino Unido de incluir este grupo xiita na lista de organizações terroristas, considerando tratar-se de uma "medida subjugada" aos interesses dos Estados Unidos.

Hezbollah critica Londres por estar na lista de organizações terroristas
Notícias ao Minuto

13:24 - 01/03/19 por Lusa

Mundo Movimento

"O Hezbollah (Partido de Deus em árabe) é um movimento de resistência contra a ocupação israelita. Nenhum país do mundo que financie ou apoie o terrorismo tem o direito de relacionar o Hezbollah, ou qualquer movimento de resistência, com o mundo do terrorismo", refere o grupo xiita através de um comunicado divulgado hoje no Líbano.

Na segunda-feira, o ministro do Interior britânico, Sajid Javid, anunciou que o Reino Unido vai incluir o Hezbollah na lista de organizações terroristas porque provoca "instabilidade no Médio Oriente".

Javid acrescentou que Londres não distingue a ala militar da ala política da organização, que faz parte do governo de Beirute.

Para o Hezbollah, a decisão britânica "é um insulto aos sentimentos do povo libanês", que, afirma, encara o grupo xiita como "uma grande força política e militar tendo-lhe concedido uma grande representação no parlamento e no governo".

O comunicado do Hezbollah sublinha que "como movimento de resistência contra a ocupação israelita não vai deixar de combater a ameaça que Israel representa e não vai poupar esforços para defender a independência do Líbano".

A organização xiita acusou também os Estados Unidos e "todos aqueles que são instrumentalizados" a nível regional e internacional de "fabricar e apoiar os crimes na Síria, Iraque e Iémen."

O Hezbollah conta com três ministros no Executivo libanês do primeiro-ministro Saad Hariri e tem 13 deputados no parlamento de Beirute.

Na segunda-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros do Líbano, Gebran Basil, desvalorizou a decisão do Reino Unido afirmando que "não vai ter impacto negativo para o Líbano".

"Os outros países fizerem com que já nos tivéssemos acostumado. Se todos dizem que a resistência é terrorismo para os libaneses não é assim. Enquanto a terra estiver ocupada (por Israel), a resistência vai continuar a ser aceite pelas instituições do Estado e pelo povo libanês", afirmou Basil.

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