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ONU reúne 2,6 mil milhões de dólares de ajuda humanitária para o Iémen

O secretário-geral da ONU disse que as doações para financiar a ajuda humanitária para o Iémen atingiram os 2,6 mil milhões de dólares (2,2 mil milhões de euros), após uma conferência de doadores realizada hoje em Genebra.

ONU reúne 2,6 mil milhões de dólares de ajuda humanitária para o Iémen
Notícias ao Minuto

14:09 - 26/02/19 por Lusa

Mundo António Guterres

António Guterres precisou que a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos, dois países que atualmente intervêm militarmente no Iémen, lideraram as contribuições.

A Comissão Europeia anunciou, em comunicado, a atribuição de 161,5 milhões de euros.

"Como milhões de pessoas continuam a sofrer no Iémen, a Comissão Europeia anunciou a sua intenção de atribuir 161,5 milhões de euros em ajuda humanitária para 2019", indicou o executivo comunitário.

O apoio humanitário da Comissão Europeia ao Iémen já ascende a 710 milhões de euros desde 2015.

O valor alcançado hoje representa um aumento de 30% em comparação com o montante prometido numa conferência de doadores semelhante realizada em 2018, mas fica aquém do apelo inicial da ONU, que pretendia recolher quatro mil milhões de dólares (3,5 mil milhões de euros) de ajuda humanitária para o Iémen, país devastado pela guerra e que enfrenta uma das piores crises humanitárias no mundo.

No início da conferência de doadores (a terceira dedicada a este país árabe), Guterres lamentou a "esmagadora catástrofe humanitária" em que vivem cerca de 24 milhões de pessoas, quatro quintos da população total do Iémen, pessoas essas que precisam de ajuda e proteção.

"Vinte milhões de pessoas não conseguem alimentar-se de forma eficiente a si próprios ou às suas famílias", declarou o secretário-geral da ONU, frisando ainda: "Quase dez milhões estão a apenas a um passo da fome".

Segundo responsáveis da organização internacional, a missão da ONU está a ficar sem dinheiro, num país que enfrenta ainda um sistema de saúde devastado, falta de empregos, combates persistentes e as consequências da pior epidemia de cólera do mundo, em 2017.

O Iémen é palco de uma guerra desde 2014, entre os rebeldes conhecidos como Huthis, apoiados pelo Irão, e as forças do Presidente Abd Rabbo Mansur Hadi, que já causou pelo menos 16.000 mortos, mas várias organizações não-governamentais (ONG) receiam que o balanço de vítimas seja superior.

Desde março de 2015, o governo é apoiado por uma coligação militar internacional árabe, que inclui a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos.

A ONU tem denunciado que o Iémen vive uma das piores crises humanitárias no mundo, com vários milhões de iemenitas ameaçados pela fome.

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