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Ações do Papa contra os abusos sexuais na Igreja

A questão dos abusos de menores na Igreja tem marcado o pontificado do Papa Francisco, que assumiu o compromisso de "tolerância zero" em relação a estes casos, embora as vítimas considerem que ainda há muito caminho a percorrer.

Ações do Papa contra os abusos sexuais na Igreja
Notícias ao Minuto

06:33 - 21/02/19 por Lusa

Mundo Cronologia

Hoje, começa no Vaticano uma cimeira de quatro dias com todas as conferências episcopais do mundo sobre proteção de crianças e abusos sexuais na Igreja.

Principais iniciativas do Papa contra os abusos de menores na Igreja:

+++ 2013 +++

05 de abril:

- Na sua primeira audiência, Francisco desafia a Congregação para a Doutrina da Fé para, "seguindo a linha estabelecida por Bento XVI, agir de forma decisiva em casos de abuso sexual".

+++ 2014 +++

22 de março:

- Cria a Comissão Pontifícia para a Proteção de Menores.

07 de julho:

- Celebra uma missa com seis vítimas de abuso por parte do clero e pede "perdão por pecados de omissão" cometidos por líderes da Igreja por "crimes graves".

05 de novembro:

-- Expulsa um sacerdote argentino, condenado a uma pena de prisão por pedofilia.

11 de novembro:

- Cria um tribunal especial dentro da Congregação para a Doutrina da Fé para avaliar recursos interpostos pelos clérigos em casos de abuso e para agilizar as sentenças.

+++ 2016 +++

04 de junho:

- Publica o 'Motu Proprio' "Como uma mãe amorosa", em que afirma que os bispos podem ser expulsos se, por "negligência ou omissão", causarem "sérios danos a outra pessoa na comunidade".

+++ 2017 +++

02 de janeiro:

- É divulgada uma carta de Francisco em que pede aos bispos do mundo inteiro que os crimes de abusos a crianças "não sejam mais repetidos" e determina uma "clara tolerância zero".

+++ 2018 +++

02 de maio:

- Recebe três vítimas de abusos do padre chileno Fernando Karadima, que pedem ao papa Francisco que transforme o seu pedido de perdão em "ações exemplares".

15 de maio:

- Convoca uma reunião com os bispos do Chile depois de pedir desculpas por ter sido mal informado no caso do bispo Juan Barros, acusado de encobrir o padre Fernando Karadima. Três dias depois, todos os bispos apresentam a sua renúncia ao papa.

01 de junho:

- Inicia mais uma série de encontros com vítimas de clérigos no Chile.

11 de junho:

- Aceita a renúncia de três bispos chilenos, incluindo Barros, na sequência do escândalo de acusações de falta de transparência da Igreja na gestão de casos de abuso sexual a menores.

28 de junho:

- Aceita a demissão de mais três bispos chilenos

28 de julho:

- Aceita a renúncia do antigo arcebispo de Washington Theodore McCarrick, a quem ordena que conduza "uma vida de oração e penitência" até que as acusações de abuso sexual de que é alvo sejam examinadas num julgamento da Igreja Católica.

20 de agosto:

- Publica uma carta dirigida a todos os católicos do mundo, condenando o crime de abuso sexual por parte de padres e o seu encobrimento e exigindo responsabilidades.

29 de agosto:

- Lamenta a forma como a Igreja irlandesa respondeu aos crimes de abusos sexuais, naquela que foi a sua primeira intervenção pública no Vaticano depois das acusações de que ele próprio teria escondido os crimes.

12 de setembro:

- Convoca os presidentes das Conferências Episcopais de todo o mundo para uma reunião sem precedentes, a decorrer em fevereiro de 2019, para analisar os casos de abusos de menores.

28 de setembro:

- Reduz à condição de leigo o padre Fernando Karadima.

13 de outubro:

- Expulsa mais dois bispos chilenos do estado clerical por abuso infantil explícito.

GC/HB // JMR

Lusa/Fim

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