Túmulos judeus profanados em França por "selvagens antissemitas"
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, denunciou hoje a profanação de um cemitério judeu no nordeste de França como um ato "chocante" cometido por "selvagens antissemitas".
© Reuters
Mundo Netanyahu
"Ocorreu hoje em França algo chocante. Oitenta túmulos judeus foram profanados com símbolos nazis por selvagens antissemitas", disse Netanyahu num comunicado, apelando aos dirigentes franceses e europeus para tomarem "posição contra o antissemitismo".
O Presidente francês, Emmanuel Macron, comprometeu-se hoje a agir, legislar e punir quando se deslocou ao cemitério de Quatzenheim, no leste de França, onde cerca de 80 túmulos judeus foram marcados com suásticas.
"Agiremos, faremos leis e puniremos", disse Macron, que estava acompanhado do grande rabi de França, Haim Korsia, e do ministro do Interior, Christophe Castaner.
Face ao aumento do número de atos antissemitas em França (mais 74% em 2018 do que no ano anterior), realizam-se hoje várias concentrações em todo o país, estando prevista para o final da tarde em Paris uma marcha contra o antissemitismo, sugerida pelo líder dos socialistas franceses e que vai contar com a presença do primeiro-ministro, de vários membros do Governo e do ex-Presidente François Hollande.
A profanação neste cemitério levou o ministro da Imigração israelita, Yoav Gallant, a apelar hoje aos judeus para imigrarem para o Estado hebreu.
"Condeno vigorosamente o antissemitismo em França e apelo aos judeus: voltem a casa, imigrem para Israel", disse Gallant na rede social Twitter.
Apelos como o de Gallant não são inéditos e em 2015 Netanyahu irritou os dirigentes franceses ao dizer aos judeus de França que Israel era o seu "lar", após o assassínio de quatro judeus por um 'jihadista' num supermercado de Paris.
Israel, que afirma ser a nação do povo judeu, construiu-se em grande parte como um refúgio. A imigração dos judeus para Israel ('aliyah') é um elemento fundamental da política nacional e foi encorajada pela Agência Judaica antes mesmo da criação do Estado de Israel, em 1948.
Desde essa data, mais de três milhões de judeus fizeram a sua 'aliyah' para escapar às perseguições ou em nome do ideal sionista.
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