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Governo brasileiro critica países que defendem diálogo com Maduro

O ministro das Relações Exteriores brasileiro, Ernesto Araújo, criticou hoje os países que defendem um diálogo com o Governo "ilegítimo" de Nicolás Maduro na Venezuela e considerou que tais iniciativas só servem para prolongar a ditadura.

Governo brasileiro critica países que defendem diálogo com Maduro
Notícias ao Minuto

17:48 - 31/01/19 por Lusa

Mundo Venezuela

"Os países que apoiam ou toleram Maduro querem criar 'grupos de contacto' ou de 'diálogo' com o seu regime ilegítimo. Isso só serve para dar mais vida à ditadura", disse Araújo, um duro crítico do Governo de Maduro, através de uma mensagem na rede social Twitter.

Embora o ministro brasileiro não tenha citado nenhum país na sua mensagem, a publicação engloba Estados como o do México e Uruguai, que não reconheceram Juan Guaidó como Presidente interino da Venezuela e defendem ainda um diálogo entre Governo e oposição para superar a crise naquele país.

O Brasil foi um dos primeiros países a reconhecer Guaidó como presidente, depois de o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela se ter autoproclamado chefe de Estado interino, a 23 de janeiro, por não reconhecer a legitimidade de Maduro, que iniciou no passado dia 10 um segundo mandato presidencial, após eleições que a maioria da comunidade internacional considerou ilegais.

Guaidó afirma que Maduro "usurpou" a presidência, ao assegurar que o seu segundo mandato de seis anos é "ilegítimo" e que, por essa razão, o poder executivo recai sobre o chefe do Parlamento até que novas eleições sejam convocadas.

Pelo menos 30 países, incluindo os Estados Unidos e a maioria da América Latina, reconheceram Guaidó como Presidente interino da Venezuela.

"O extraordinário movimento pela redemocratização da Venezuela está a avolumar-se sob a presidência de Juan Guaidó", disse ainda Ernesto Araújo na sua mensagem no Twitter.

Os chefes de Estado do México e Uruguai, Andrés Manuel López Obrador e Tabaré Vázquez, propuseram nesta semana a criação de um grupo de contacto internacional para tentar mediar a crise venezuelana.

López Obrador, que rejeita qualquer interferência internacional na Venezuela, argumenta que "o diálogo é o primeiro passo" e que "as coisas não podem ser impostas", pelo que, defende, "primeiro as partes têm que começar a falar".

Em outubro passado, membros da União Europeia (UE) chegaram a propor a criação de um "grupo de contacto" para promover o diálogo na Venezuela, mas, hoje, o Parlamento Europeu reconheceu Guaidó como Presidente interino e pediu aos membros da UE que façam o mesmo.

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