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Timmermans critica direita espanhola por acordo com Vox na Andaluzia

Bruxelas, 11 jan (Lusa) -- O candidato do Partido Socialista Europeu à presidência da Comissão Europeia e atual primeiro vice-presidente da instituição, Frans Timmermans, criticou hoje o Partido Popular e o Cidadãos por aceitarem o apoio do Vox para governar na Andaluzia.

Timmermans critica direita espanhola por acordo com Vox na Andaluzia
Notícias ao Minuto

19:01 - 11/01/19 por Lusa

Mundo Europeias

"Na Andaluzia, PP e Cidadãos pretendem governar com o apoio da extrema-direita (Vox), que rejeita os valores europeus mais básicos", começou por escrever na sua conta na rede social Twitter.

Rompendo com o 'lema' da Comissão Europeia de não comentar questões de política interna dos Estados-Membros, o número dois do executivo comunitário e responsável pela pasta dos Direitos Fundamentais 'atacou' o Partido Popular Europeu (PPE), questionando se "uma coligação de extrema-direita" cabe no projeto que a maior família política europeia tem para a Europa.

"Vou ser muito claro: o nosso partido nunca formará uma coligação com a extrema-direita na Europa. Posso garantir-vos", concluiu o candidato socialista à sucessão de Jean-Claude Juncker.

A publicação de Timmermans acontece um dia depois de Guy Verhofstadt, o líder dos Liberais europeus (ALDE), família política à qual pertence o Cidadãos, ter assumido estar satisfeito com o pacto que levou a direita liberal ao Governo regional andaluz.

Também o presidente francês, Emmanuel Macron, que está a ponderar unir o seu partido, En Marche, ao ALDE num novo grupo liberal para a próxima legislatura do Parlamento Europeu, expressou, através da sua ministra para a União Europeia, Nathalie Loiseau, "uma grande preocupação" pelo facto de o Vox querer recuar nos direitos das mulheres.

Na quarta-feira, o partido espanhol de extrema-direita concordou dar o seu apoio parlamentar a um Governo na Andaluzia formado pelo PP e Cidadãos.

O Partido Popular e o Vox chegaram a um acordo que vai permitir a investidura em Sevilha, em 16 de janeiro, do candidato popular, Juanma Moreno, como presidente da Junta (Governo regional) da Andaluzia.

O partido de extrema-direita renunciou a fazer depender o seu apoio à derrogação das leis contra a violência de género, posição que tinha sido considerada "inaceitável" pelo PP na terça-feira.

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