Democratas vão investigar laços financeiros de Trump com Riade e Moscovo
Os democratas vão investigar as ligações financeiras pessoais do presidente dos Estados Unidos com a Arábia Saudita e a Rússia, disse hoje Adam Schiff, futuro presidente da Comissão de Serviços Secretos da câmara baixa do Congresso norte-americano.
© Reuters
Mundo Adam Schiff
Nas eleições intercalares realizadas no início de novembro os democratas recuperaram aos republicanos o controlo da Câmara dos Representantes, o que lhes permitirá lançar inquéritos parlamentares. Os novos eleitos começarão em janeiro.
"O presidente (Donald Trump) não é honesto com o país em relação ao assassínio de Jamal Khashoggi", jornalista saudita crítico do regime da Arábia Saudita, declarou Adam Schiff à televisão CNN.
"O que é que o leva a isso? Não sei. Se se trata simplesmente de uma tendência que tem por autocratas (...) ou se há uma motivação financeira, ou seja, as suas finanças pessoais", disse.
Jamal Khashoggi, que estava exilado nos Estados Unidos, foi assassinado no início de outubro no consulado do seu país em Istambul, causando uma onda de choque a nível mundial e manchando a imagem da Arábia Saudita.
Segundo numerosos observadores, o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, está envolvido no assassínio.
O presidente Donald Trump considerou que, mesmo que o príncipe soubesse do assassínio, isso não poria em causa a relação entre Washington e Riade.
Trump "gabou-se abertamente dos milhões que faz com a Arábia Saudita. Será que o seu interesse pessoal conduz a política dos Estados Unidos no Golfo?", questionou o deputado democrata, colocando a mesma questão "em relação à Rússia".
"Não sabemos, mas seria irresponsável não o tentar descobrir", disse, considerando que "isso não será apenas o trabalho da Comissão dos Serviços Secretos".
Segundo Adam Schiff, uma das questões que ainda não foi investigada é "se os russos branquearam dinheiro através dos negócios do presidente".
"Tratar-se-á de uma mão invisível na política externa norte-americana? Devíamos ser capazes de dizer aos norte-americanos, sim, é verdade ou não, não é", afirmou.
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