Presença de Trump em Pittsburgh após ataque a sinagoga gera desagrado
A deslocação de hoje do Presidente norte-americano, Donald Trump, à cidade de Pittsburgh (Estado da Pensilvânia), onde no sábado um tiroteio numa sinagoga fez 11 mortos, está a gerar desagrado junto da população e das autoridades locais.
© Reuters
Mundo Estados Unidos
O governador da Pensilvânia (nordeste dos Estados Unidos), o democrata Tom Wolf, e o presidente da câmara de Pittsburgh, o também democrata Bill Peduto, informaram hoje que não irão acompanhar ou cumprimentar Donald Trump durante a sua deslocação à cidade.
Trump e a primeira-dama, Melania Trump, são hoje aguardados em Pittsburgh, no mesmo dia em que começaram a ser realizados os primeiros funerais das vítimas do ataque.
O casal presidencial faz esta deslocação com o intuito de prestar uma homenagem às vítimas e de expressar as condolências às respetivas famílias.
A porta-voz da campanha do governador democrata, Beth Melena, afirmou que o político decidiu não comparecer ao lado de Trump depois de ter ouvido as famílias das vítimas.
Segundo a representante do governador democrata, as famílias afirmaram que não queriam que o Presidente norte-americano estivesse em Pittsburgh no dia em que estão a decorrer os funerais.
Também hoje foi divulgada uma carta aberta a Trump, assinada por cerca de 70 mil pessoas, dizendo que o Presidente norte-americano só será bem-vindo a Pittsburgh quando rejeitar "totalmente a supremacia branca".
"Presidente, não será bem-vindo a Pittsburgh até que rejeite totalmente a supremacia branca. A nossa comunidade judaica não é o único grupo que tem sido alvo (das suas críticas)", refere a missiva assinada pela organização Bend the Arc, um movimento "de judeus progressistas".
No sábado passado, 11 pessoas foram mortas a tiro e outras seis ficaram feridas naquele que foi considerado como o mais grave ataque antissemita na história recente dos Estados Unidos.
O ataque ocorreu na sinagoga "Tree of Life" quando decorria um serviço religioso.
Um cidadão norte-americano, de 46 anos, foi detido e acusado posteriormente de 29 crimes federais.
O atirador, identificado pelas autoridades como Robert Bowers, irrompeu na sinagoga quando estava a decorrer um serviço religioso e abriu fogo contra os fiéis reunidos no local.
Segundo os 'media' norte-americanos, o agressor gritou "todos os judeus devem morrer".
O ataque foi condenado por várias organizações hebraicas, pela administração norte-americana, pelo primeiro-ministro de Israel e pela chanceler alemã, Angela Merkel, que denunciou um "cego ódio antissemita".
Após o tiroteio, o Presidente norte-americano, Donald Trump, manifestou o desejo de reforçar a legislação relacionada com a pena de morte, bem como sugeriu a necessidade de alterar a lei da posse de armas.
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