Presidente do Zimbabué promete inquérito à violência pós-eleitoral
O Presidente do Zimbabué, que tomou hoje posse, prometeu nomear em breve uma comissão de inquérito sobre a "isolada e infeliz" violência pós-eleitoral em que seis pessoas foram mortas quando o exército dispersou uma manifestação da oposição.
© Reuters
Mundo Emmerson Mnangagwa
"O incidente violento, isolado e infeliz de 01 de agosto foi lamentável e totalmente inaceitável", disse Emmerson Mnangagwa.
O Presidente assegurou que as conclusões do inquérito serão tornadas públicas.
A violência ocorreu dois dias depois da eleição de 30 de julho e suscitou receios de um regresso à repressão da oposição no país, apesar de Mnangagwa ter elogiado um "florescimento da democracia" depois dos 37 anos de regime repressivo de Robert Mugabe.
No discurso de tomada de posse, Mnangagwa disse ainda que tenciona promover uma série de reformas para pôr termo à crise económica no país e prometeu "o amanhecer da segunda República do Zimbabué".
"Vamos tomar medidas para atrair investimento nacional e estrangeiro [...], a criação de emprego estará dentro dos nossos esforços", referiu.
"Eis o novo Zimbabué", afirmou, perante milhares de apoiantes.
Emmerson Mnangagwa, 75 anos, lidera o Zimbabué desde novembro passado, na sequência da demissão de Robert Mugabe, forçado a afastar-se depois de o exército e o seu partido, a Zanu-PF, lhe retirarem o apoio.
Candidato da Zanu-PF, Mnangagwa foi proclamado vencedor das eleições de 30 de julho com 50,8% dos votos, contra os 44,3% obtidos pelo seu rival, o candidato do Movimento para a Mudança Democrática (MDC), Nelson Chamisa.
Alegando numerosas fraudes, o MDC contestou o resultado das eleições, mas o Tribunal Constitucional validou-as na sexta-feira passada.
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