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Maior acelerador de partículas do mundo entra em obras

O maior acelerador de partículas do mundo entrou hoje em obras para melhorar o seu desempenho a partir de 2026, que poderá levar à descoberta de novos fenómenos físicos, informou a Organização Europeia para a Investigação Nuclear (CERN).

Maior acelerador de partículas do mundo entra em obras
Notícias ao Minuto

18:56 - 15/06/18 por Lusa

Mundo CERN

As obras no Grande Colisionador de Hadrões (LHC), cujo início foi hoje assinalado numa cerimónia na sede do CERN, em Genebra, na Suíça, vão decorrer até 2026 e permitirão aumentar o número de colisões em grandes experiências, potenciando a descoberta de "novos fenómenos", refere em comunicado o CERN, que opera o LHC, localizado na fronteira franco-suíça.

O acelerador de partículas, onde se confirmaram importantes descobertas como o bosão de Higgs, em 2012, continuará a funcionar durante os trabalhos, com exceção em duas paragens técnicas para preparar as beneficiações de alta luminosidade que vão ser introduzidas e executar as habituais atividades de manutenção.

Concluídas as obras, o LHC deverá produzir dados em modo de alta luminosidade, abrindo caminho a futuros aceleradores de maior energia, segundo o CERN, organização da qual Portugal faz parte.

Os trabalhos, que vão decorrer na Suíça e em França, incluem a construção de novos edifícios, túneis e galerias subterrâneas, que receberão novos equipamentos, sistemas de energia e diferentes estações de eletricidade, refrigeração e ventilação.

Elementos da atual máquina terão de ser substituídos por novos componentes de alta tecnologia, como cavidades de radiofrequência e ímans.

"O LHC de alta luminosidade estenderá o alcance do LHC para lá da sua missão inicial, ao proporcionar novas oportunidades de descoberta, ao medir com mais precisão as propriedades de partículas como o bosão de Higgs e investigar mais a fundo os constituintes fundamentais do Universo", afirmou a diretora-geral do CERN, Fabiola Gianotti, citada no comunicado.

O acelerador, um túnel de 27 quilómetros de circunferência, começou a colidir partículas em 2010, sendo capaz de produzir mil milhões de colisões entre protões por segundo ('pacotes' de protões viajam a uma velocidade próxima à da luz e entram em choque em quatro pontos de interseção).

O mesmo acelerador, mas de alta luminosidade, aumentará o número de colisões, uma vez que, de acordo com os físicos, a sua luminosidade será melhorada, permitindo "acumular cerca de dez vezes mais dados", entre 2026 e 2036.

As colisões de protões (que, como os neutrões, são hadrões, partículas compostas por 'quarks', os elementos básicos da matéria) dão origem a novas partículas que são registadas pelos detetores em redor dos pontos de interseção.

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