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Massacre na Austrália. Vizinhos falam de "dificuldades" e "depressão"

Peter Miles, avô, matou seis membros da família, incluindo quatro netos, antes de se suicidar.

Massacre na Austrália. Vizinhos falam de "dificuldades" e "depressão"
Notícias ao Minuto

09:52 - 15/05/18 por Notícias Ao Minuto

Mundo Peter Miles

Foi o maior massacre na Austrália desde 1996. Peter Miles, de 61 anos, terá assassinado com uma caçadeira seis membros da família, incluindo os quatro netos, tendo-se suicidado de seguida.

O caso chocante correu mundo mas e entre a vizinhança na zona rural onde tudo aconteceu há quem esteja agora a ver com um olhar diferente as conversas que mantiveram com membros da família nos dias que antecederam o massacre.

O site australiano News.com.au realça que entre os vizinhos já se sabia que Peter Miles, com experiência na agricultura, há muito que procurava emprego.

Enquanto a investigação decorre, as autoridades australianas não comentam se dificuldades financeiras ou fatores como uma eventual depressão terão contribuído para o trágico desfecho.

Felicity Haynes, uma das vizinhas, tinha falado com Cynda Miles, a avó e uma das vítimas do massacre, poucos dias antes da tragédia: "Tens um ar cansado. Está tudo bem?', perguntou a Cynda, que admitiu apenas que havia "dificuldades" em casa. 

"Se ela não me quer contar, não me quer contar. Mas era claro que o Peter estava a tornar-se cada vez menos racional e que isso a preocupava", afirma, acrescentando que sabia há algum tempo que Peter Miles estava "deprimido".

Já este ano, no Facebook, Cynda tinha partilhado um anúncio do marido, que procurava emprego. Outro vizinho, Richard Dossor, conta que ligou a Peter Miles no dia antes do massacre com uma proposta de emprego. Peter Miles, porém, não mostrou entusiasmo nenhum com a proposta, conta.

Chris Dawson, comissário da polícia, admite: "Podemos nunca vir a saber toda a história e a exata cronologia dos acontecimentos". Diz ainda o responsável que é preciso abordar este caso com profissionalismo e "muita cautela", para não se tirarem "conclusões precipitadas".

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