União Europeia condena duplo atentado em Cabul
A Comissão Europeia e o Parlamento Europeu condenaram hoje o duplo atentado suicida em Cabul, no Afeganistão, que matou pelo menos 25 pessoas, nove das quais jornalistas.
© Reuters
Mundo Comissões
"Segundo as informações de que dispomos, entre as vítimas havia nove jornalistas. Mesmo na guerra há regras: os civis e os jornalistas que arriscam as suas vidas para dar informação nunca devem ser atacados", defendeu o porta-voz chefe da Comissão Europeia, na conferência de imprensa diária do executivo comunitário, em Bruxelas.
Margaritis Schinas expressou as condolências da União Europeia (UE) e da Comissão aos familiares e amigos das vítimas e sublinhou que Bruxelas apoia "os civis e os jornalistas em todo o Mundo".
Na rede social Twitter, o presidente do Parlamento Europeu, Antonio Tajani, também expressou a sua solidariedade com as vítimas.
"Outro ataque terrorista que mata jornalistas, civis e pessoal de emergência em Cabul. As minhas condolências às vítimas. Precisamos de uma UE mais audaz para lutar contra o terrorismo, promover a paz e a estabilidade", escreveu.
O grupo extremista Estado Islâmico reivindicou hoje o duplo atentado suicida no centro de Cabul, no qual morreram pelo menos 25 pessoas e outras 40 ficaram feridas. O segundo atentado visou a imprensa que reportava o primeiro ataque.
De acordo com uma fonte das forças de segurança, o 'kamikaze' que atacou a imprensa tinha-se escondido entre os repórteres, transportando uma câmara.
"O bombista suicida fez-se explodir entre os jornalistas", disse o porta-voz da polícia de Cabul, Hashmat Stanikzai.
Os repórteres tinham ido cobrir o primeiro ataque, perpetrado pouco antes das 08:00 locais (04:30 em Lisboa), perto da sede dos serviços de informação afegãos (NDS).
O quartel-general do NDS havia sido alvo de um ataque suicida em março, quando um bombista suicida atravessou a barreira policial e se fez explodir na entrada do edifício, matando três pessoas e ferindo outras cinco.
Cabul tornou-se, segundo a ONU, o local mais perigoso no Afeganistão para os civis, com o aumento dos ataques, geralmente perpetrados por bombistas suicidas e reivindicados pelos talibãs ou pelo grupo extremista Estado Islâmico (IS).
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