Novo governo da Costa Rica é maioritariamente composto por mulheres
O presidente eleito da Costa Rica, Carlos Alvarado, apresentou hoje o seu governo, formado maioritariamente por mulheres, onde se destaca Epsy Campbell, futura vice-presidente, que será a primeira mulher afro-americana a ocupar este cargo no continente americano.
© Reuters
Mundo América Central
Carlos Alvarado anunciou que o governo será composto por 14 mulheres e 11 homens.
Epsy Campbell será a primeira mulher afro-americana a ocupar a vice-presidência num país do continente americano.
A futura vice-presidente foi nomeada também para o cargo de ministra dos Negócios Estrangeiros, sendo a primeira vez que uma mulher exerce este cargo na Costa Rica.
De acordo com a agência noticiosa espanhola EFE, Campbell é economista, ex-deputada e ativista pela igualdade de género e pela defesa dos direitos humanos.
As pastas mais importantes, como o Ministério das Finanças e o do Comercio Externo, vão ser também ocupadas por mulheres.
A Costa Rica é considerada um dos países mais progressistas da América Central, com uma taxa de alfabetização de 97,5% e um investimento de mais de 7% do Produto Interno Bruto (PIB) em educação, segundo a Organização da ONU para a Educação, Ciência e Cultural (UNESCO).
O Índice de Desenvolvimento Humano da ONU em 2016 colocou o país na 66.ª posição mundial e no terceiro lugar na América Latina.
Carlos Alvarado venceu a segunda volta das eleições presidenciais, no início do mês, com aproximadamente 60,7% dos votos.
O ex-ministro do Trabalho, de 38 anos, ficou à frente do pastor evangelista Fabricio Alvarado (sem parentesco), que obteve cerca de 39,3% dos votos.
As eleições foram marcadas pelos temas do casamento homossexual e da religião.
O candidato conservador era fortemente contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo e durante a campanha eleitoral anunciou que retiraria a Costa Rica do Tribunal Interamericano de Direitos Humanos se viesse a ser eleito.
Na primeira volta, realizada em fevereiro, o pastor evangélico Fabricio Alvarado foi o candidato mais votado nas presidenciais da Costa Rica, mas não atingiu os 40% dos votos, exigidos pela lei eleitoral, o que levou à realização de uma segunda volta.
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