Do sabor à quantidade ideal, eis tudo o que deve saber sobre massas
Celebra-se esta quarta-feira o Dia Mundial das Massas, uma data imposta em 1988 e que tem como objetivo reforçar o conhecimento sobre a importância nutricional deste alimento.
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Lifestyle Dia Mundial
Presença frequente na mesa dos portugueses, a massa é um dos alimentos mais versáteis e também apreciados por miúdos e graúdos. A sua importância numa dieta saudável e equilibrada é já indiscutível e por isso mesmo nasceu, em meados da década de 90, o Dia Mundial das Massas, que se celebra a cada 25 de outubro e que tem como objetivo reforçar o conhecimento sobre este alimento, muitas vezes rejeitado em processos de perda de peso.
A massa, explica ao Lifestyle ao Minuto Teresa Carvalho, Assessora Técnica da Associação Portuguesa de Nutrição, "integra o grupo dos cereais, tubérculos e frutos amiláceos na Roda da Alimentação Mediterrânica e, à semelhança de outros alimentos que integram este grupo de alimentos, é preferível que se escolha massa proveniente de cereais integrais".
Apesar da massa integral ser a que "oferece hidratos de carbono complexos e um maior teor de fibra, os quais possibilitam que os níveis de açúcar no sangue se mantenham estáveis durante mais tempo e conferem também uma maior sensação de saciedade", a verdade é que a tentação de escolher outros tipos de massa, em especial os que têm sabores, é mais do que muita... E isso não tem de ser mau.
"Existem massas que contêm ingredientes (p.e. tinta de choco, tomate, beterraba, ovo, azeitona) na sua constituição e que permitem alterar as características organoléticas das massas, como são exemplo a cor e o sabor", diz-nos a especialista, destacando que "estas opções são uma forma de diversificar o consumo de massa, contudo é sempre importante verificar o rótulo para confirmar se a coloração é, efetivamente, devido à presença de extratos vegetais e/ou de outros alimentos (p.e. tinta de choco, o ovo, o caril)".
Já o consumo de massas à base de leguminosas, "bem como de outros cereais", refere, "é uma forma de variar as refeições diárias à base de massa". E mais: diz a nutricionista Teresa Carvalho que "ao optar-se por massas à base de leguminosas é possível, ainda, estimular o consumo de leguminosas que constituem um grupo de alimentos com grande valor nutricional e que é pouco valorizado, em termos de consumo. Deste modo, estas variedades de massa podem ser incluídas e intercaladas com a massa (preferencialmente integral) regular, no dia-a-dia".
Mas não é por ser um alimento amigo da boa saúde que a massa pode ser consumida 'à grande e à francesa'. Tal como acontece com qualquer outro alimento, equilíbrio é a palavra de ordem e, no caso da massa, o segredo para um consumo eficaz e saudável pode estar na escolha da quantidade ideal.
"A Roda da Alimentação Mediterrânica informa relativamente à quantidade de massa que é equivalente a uma porção, tanto crua como cozida, sendo que o indivíduo é que deverá escolher a opção que lhe seja mais favorável", devendo ter em conta a sua condição física, a prática de exercício físico ou algum tipo de patologia clínica. Contudo, e de uma forma mais global, esclarece-nos, "uma porção de massa crua é equivalente a 35 gramas enquanto que cozida é equivalente a 110 gramas".
Apesar de ser uma opção válida para uma alimentação saudável e equilibrada, uma vez que fornece energia e ainda uma maior sensação de saciedade, a massa pode não ser uma opção para todas as pessoas.
De acordo com a especialista da Associação Portuguesa de Nutrição, "caso em algum momento seja diagnosticada alguma patologia (p.e. alergia alimentar, doença celíaca) que implique a retirada do trigo ou outra matéria-prima (p.e. espelta, ovo) pode levar a que os indivíduos direcionem o seu consumo de massa em direções diferentes (p.e. massa de arroz, massa sem adição de ovo)".
No entanto, conclui, "ressalve-se que qualquer alteração à alimentação habitual deve ser devidamente analisada por um nutricionista".
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