Elas têm mais opções, mas a contraceção também é assunto de homens
No Dia Mundial da Contraceção, que se assinala esta terça-feira 26 de setembro, falamos-lhe do ‘Guia Masculino para a Contraceção’, que foi lançado na segunda-feira na Reunião Anual da Sociedade Portuguesa de Contraceção.
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Lifestyle Dia da Contraceção
Apesar de os homens ainda só terem o preservativo como método de contraceção (e em casos definitivos a vasectomia), enquanto as mulheres têm pílula, adesivo, anel, injeção contracetiva, dispositivo intra-uterino (DIU), sistema intra-uterino (SIU), o implante hormonal e contraceção de emergência, os homens também querem e devem querer saber sobre a contraceção.
Nesse sentido, esta segunda-feira, dia 25 de setembro, véspera do Dia Mundial da Contraceção, foi lançado o ‘Guia Masculino da Contraceção’, na Reunião Anual da Sociedade Portuguesa de Contraceção. O guia pode ser consultado aqui.
Este guia nasce pelas mãos de seis especialistas em saúde sexual que com a ajuda da HRA Pharma quiseram esclarecer dúvidas e informar mais sobre a contraceção.
Ezequiel Pérez Campos, médico especialista em ginecologia e obstetrícia, e membro da direção da Fundação Espanhola de Contraceção (FEC) assinala, em comunicado enviado às redações, que “existe uma relação muito estreita entre relações sexuais e a necessidade de métodos contracetivos, e ainda que a contraceção tenha sido sempre uma questão feminina, atualmente são cada vez mais os homens que se interessam por este tema. Geralmente associa-se o protagonismo na sexualidade ao homem e a contraceção à mulher, mas ambos os conceitos são erróneos uma vez que ambas as partes do casal têm os mesmos direitos e obrigações”.
Entre os temas abordados neste guia encontram-se “as consequências de uma gravidez não planeada dos pontos de vista jurídico, económico e emocional”, conselhos para enfrentar o “processo de comunicação entre o casal caso necessitem recorrer a uma interrupção da gravidez, os métodos contracetivos masculinos (preservativo e vasectomia) e outros como contraceção e prazer nas relações sexuais ou até como o interesse e envolvimento do homem no tema ‘contraceção’ favorece o seu cumprimento, no caso dos métodos contracetivos hormonais”.
Teresa Bombas, médica especialista em ginecologia e obstetrícia, e presidente da Sociedade Portuguesa da Contracepção considera que “antes de mais, este guia serve como ferramenta de informação perante questões como a eleição de um método contracetivo, quando pode ser o momento de mudá-lo e como reagir perante uma falha para evitar uma gravidez não planeada”.
Segundo a especialista, “os homens podem e devem ser capazes de propor a utilização ou a mudança de um método contracetivo à sua companheira. De facto, é possível que muitas mulheres vejam este gesto como interesse e compromisso do homem em ter um papel ativo em todos os aspetos da relação e não ser apenas um mero espetador no que a este tema se refere”.
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