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Bronzeadores podem ser prejudiciais por conferirem falsa proteção

A Associação Portuguesa do Cancro Cutâneo (APCC) apelou hoje à população para estar atenta à qualidade dos protetores solares, alertando que as "loções bronzeadoras" são uma "falsa proteção" e podem ser prejudiciais para a saúde.

Bronzeadores podem ser prejudiciais por conferirem falsa proteção
Notícias ao Minuto

08:42 - 15/08/17 por Lusa

Lifestyle Dermatologia

"No mercado surgem loções ditas bronzeadoras, aceleradoras de bronzeamento, que dizem ter uma proteção" solar de seis, 15 ou 30, "o que pode iludir as pessoas", disse à agência Lusa o secretário-geral da associação, Osvaldo Correia.

Segundo o dermatologista, o mercado das loções bronzeadoras não está regulamentado, ao contrário do que acontece com os protetores solares, devendo por isso ser evitadas, porque podem ser "prejudiciais para a saúde" ao conferirem uma falsa proteção.

Perante este risco, o dermatologista deixou um alerta dirigido especialmente aos jovens: "não se iludam com os bronzeadores na questão da cor e, sobretudo, na questão de uma falsa proteção".

Apesar de não haver dados oficiais, Osvaldo Correia disse que "é crescente" o número de "queimaduras surpresa que as pessoas estão a ter", mesmo utilizando protetores solares que dizem ter um índice elevado.

"Quem faz vivência clínica de dermatologia" tem a "perceção clara" de que as pessoas ficam surpreendidas por utilizarem protetores com um índice 30 ou 50 e ficarem com "pigmentações inestéticas", alergia ao sol ou "vermelhidão seguida de escamação".

Estas loções também "criam o mito de que o moreno é saudável", mas "uma pele bronzeada em excesso é uma pele envelhecida e ninguém gosta que se diga que tem uma pele velha numa época em que o que se quer é rejuvenescer e não envelhecer".

Mas também há cuidados a ter na escolha dos protetores solares e na forma como são aplicados.

"Hoje temos, nos próprios protetores solares, formas fluidas, transparentes, invisíveis, espumas que, na forma e na quantidade como as pessoas habitualmente as colocam, não dão a proteção que as pessoas julgam que dão (30 ou 50)", sublinhou.

Para conferirem "uma camada suficiente", que se aproxime do que foi testado em laboratório, a sua aplicação deve ser feita várias vezes no mesmo local.

"Na prática, teríamos que aplicar quase uma embalagem de 50ml para uma parte significativa do corpo, o que não se faz", elucidou.

Quando estas formas fluidas são associadas aos "aceleradores de bronzeamento" o risco aumenta.

Nas pessoas de pele relativamente morena, um índice de proteção baixo "é suficiente para não ficarem vermelhas, mas estão expostas aos raios ultravioleta A", que também agridem a pele.

Portanto, a população deve estar atenta à qualidade, quantidade e apresentação do protetor, que "não deve ser utilizado para prolongar o tempo de exposição nos dias de ultravioletas especialmente elevados, como tem acontecido nas últimas semanas e, até diria, nos últimos meses, em Portugal".

Segundo o médico, "é crescente" o número de pessoas com cancro de pele em idades jovens, a começar nos 20, 30 anos, resultado de exposições prolongadas ao sol.

"Temos de pensar que a agressão de hoje pode ter como consequência negativa o amanhã, e o amanhã pode não ser quando somos idosos", salientou, lembrando que "a regra mais importante é sombra aumentada, hora apropriada".

Estima-se que surjam este ano mais 12.000 novos casos de cancro de pele, 1.000 dos quais casos de melanoma, o tipo mais grave.

Osvaldo Correia observou que a população está "mais bem informada", mesmo os próprios jovens, "a prática é que nem sempre condiz com o conhecimento".

"Saber conviver com o sol, é um ato de bom senso", disse, lembrando que os dermatologistas são "a favor da exposição ao sol", mas no final ou no início do dia.

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