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Atenção, os animais também precisam de socorro

Luís Montenegro, director clínico do Hospital de Referência Veterinária Montenegro, partilhou com o Lifestyle ao Minuto um artigo de opinião no qual alerta para a preservação do bem-estar dos animais e para a frequente impreparação dos primeiros socorros em acudir estes seres mais frágeis.

Atenção, os animais também precisam de socorro
Notícias ao Minuto

18:00 - 21/02/19 por Liliana Lopes Monteiro

Lifestyle Bem-Estar

Na azáfama do socorro a um acidente, um latido ou um ganir pode passar despercebido. O foco está na salvaguarda de pessoas e bens e, muitas vezes, a impreparação para nos primeiros-socorros acudir aos animais de estimação pode fazer a diferença entre a vida e a morte dos fiéis amigos. E esta é uma situação que deve ser acautelada, protegendo não só os animais mas também todos aqueles que são a primeira linha de defesa em caso de acidente.

A prevenção e a formação é, assim, fundamental para que todos aqueles que participam em operações de socorro adquiram competências para poderem lidar com situações mais ou menos inesperadas e que podem exigir uma preparação prévia. Esta será uma das questões abordadas em Santa Maria da Feira, durante o congresso veterinário que acontece entre 22 e 24 de fevereiro, e onde numa sala de primeiros-socorros se irá dar resposta e fornecer competências para o resgate de animais e prestação de cuidados em várias situações do dia-a-dia, nomeadamente no caso de acidentes rodoviários.

O reconhecimento dos direitos dos animais, que nos últimos anos tem registado um progresso assinalável no nosso país, passa também por perceber que o seu bem-estar deve ser uma preocupação e não apenas uma obrigação decorrente da lei. Não há aqui qualquer modismo. A defesa dos direitos dos animais não surgiu há dias, como de geração espontânea. É uma luta antiga e onde se têm vindo a registar importantes vitórias.

No caso vertente, a assistência aos animais acidentados exige formação e sensibilidade. A sociedade não dispensa o salvamento de um animal em contexto de crise. Como tal, devem existir equipas devidamente preparadas para lidar com as diferentes situações que podem surgir. Os bombeiros são o principal alvo destas ações de formação, mas há outras unidades, como as da Guarda Nacional Republicana, que necessitam de formação na sua relação com os animais, até para se protegerem. Muitas vezes stressados com o ambiente que os rodeia, os animais devem ser socorridos por profissionais competentes e devidamente formados, no sentido de saberem atuar em diferentes cenários. Esta formação, totalmente gratuita para os bombeiros, está também aberta à sociedade civil, mediante o pagamento de uma taxa simbólica, permitindo assim alargar o leque de pessoas capacitadas para este tipo de intervenções.

Os portugueses têm vindo a despertar, de forma cada vez mais incisiva, para a necessidade de salvaguardar os direitos dos animais, não numa lógica de uma qualquer agenda mediática, mas percebendo que se trata de um avanço civilizacional que urge preservar. Ao tratarmos os nossos animais com a dignidade que merecem, estamos a ser melhores pessoas e a contribuir para uma sociedade mais inclusiva e avançada. E isso não passa só por uma festa ou um passeio ao ar livre. Passa também por saber prestar-lhes a assistência que precisam em momentos de aflição.

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