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Tumores nos pulmões queimados com microondas em doentes "sem esperança"

Doentes britânicos afetados por cancro nos pulmões, aos quais foi dito que não havia esperança, são os primeiros a beneficiar da cirurgia revolucionária que queima tumores através de raios microondas, não deixando ainda quaisquer cicatrizes no corpo.

Tumores nos pulmões queimados com microondas em doentes "sem esperança"
Notícias ao Minuto

08:13 - 29/01/19 por Liliana Lopes Monteiro

Lifestyle Doença

Até ao momento já nove pacientes com tumores foram submetidos à operação inédita de 10 minutos no Hospital de São Bartolomeu, em Londres, no Reino Unido, segundo a reportagem avançada pela publicação Daily Mail.

Pacientes esses aos quais havia sido dito que se encontravam demasiado frágeis e num estado demasiado deteriorado para serem submetidos a cirurgias e tratamentos convencionais de radioterapia e que haviam esgotado todas as opções.

Todos os nove doentes ainda vivem, após quase um ano dos médicos os terem submetido à nova e revolucionária técnica.

Agora os clínicos pioneiros acreditam que o procedimento poderá ajudar outros milhares de doentes com cancro do pulmão.

O cancro do pulmão é uma das principais causas de mortalidade e morbilidade em todo o mundo, segundo dados divulgados pela MSD. Durante o ano de 2012 registaram-se 8,2 milhões de mortes relacionadas com cancro, das quais 1,59 milhões foram por cancro do pulmão. As estimativas para Portugal em 2015 indicam um total de 4.332 casos incidentes de cancro do pulmão, dos quais cerca de 75% em homens e 55% em doentes com idade igual ou superior a 65 anos.

Todavia, estima-se ainda que um em cada cinco pacientes recentemente diagnosticados não seja submetido a cirurgias que lhes podem potencialmente salvar a vida, mas que são altamente traumáticas – visto que os riscos são demasiado elevados.

A nova cirurgia minimamente invasiva e que não deixa cicatrizes poderá ser a solução. “É espantoso ver como estes pacientes que estavam tão frágeis, num estado eminentemente terminal estão agora a reagir tão bem”, disse o médico Kelvin Lau, o cardiologista cirurgião, pioneiro deste tratamento, em declarações ao Daily Mail.

“Não sentem qualquer dor após o procedimento, usualmente reagem suficientemente bem e estão aptos para irem para casa no dia seguinte. Esta técnica pode sem duvida alguma beneficiar os doentes com estágio um de cancro do pulmão, mas que se encontram demasiado frágeis para serem submetidos a cirurgias convencionais”.

A técnica elimina alguns dos principais riscos das cirurgias comummente usadas, e que nos casos mais graves implicam o colapso do órgão, hemorragias graves e dores intensas devido ao corte de tecidos no peito.

Neste caso, os doentes fazem uma TAC e são submetidos a anestesia geral. Os cirurgiões inserem, depois, um broncoscópio, pela boca, que conduzem pelo interior do corpo e que lhes permite discernir uma via até aos pulmões. Uma vez no local certo, os médicos fazem passar um fio que pode aquecer até aos 100 graus centígrados, usando o mesmo tipo de energia dos microondas domésticos, para matar as células malignas.

“Trata-se de uma nova era, na qual mais pacientes poderão sobreviver a este tumor que mata milhões”, concluiu Kelvin Lau.

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