Empresa mineiras avaliam exploração de areias pesadas em Moçambique
O consórcio de empresas mineiras Savannah Resources e Rio Tinto vai começar a extrair amostras de areias pesadas em Inhambane, sul de Moçambique, num local que se prevê seja rico em minerais procurados por várias indústrias.
© Lusa
Economia África
"Uma unidade piloto com capacidade para processar 20 toneladas [de areia] por hora vai ser usada para produzir concentrado como parte do estudo de viabilidade do projeto Mutamba", anunciou na última semana a Savannah Resources aos investidores, num comunicado a que a Lusa teve acesso.
Os minerais que o consórcio espera obter a partir das areias pesadas são usados na produção de tinta, plástico, papel e têxteis, assim como na indústria cerâmica.
A Savannah Resources prevê que em 2018 fique concluído um estudo prévio de viabilidade e que o ano seja dedicado também a estudos com a comunidade, sendo que a decisão final de investimento poderá ser tomada em 2019.
A empresa, com sede em Londres, onde está também cotada em bolsa, é a mesma que ambiciona extrair lítio da Mina do Barroso, no norte de Portugal.
Em Moçambique, a entrada em funcionamento da unidade de testes é considerada "um importante passo" pelo diretor executivo da empresa, David Archer.
"As coisas ainda estão num estágio muito precoce, mas uma unidade piloto é uma parte importante do estudo de projeto", referiu, citado no comunicado.
O consórcio Mutamba foi formado no final do ano passado e é composto pela Savannah Resources, pela sua subsidiária integral AME East Africa e pela Rio Tinto, uma empresa australiana e britânica de mineração e metais.
A AME East Africa está encarregue de operar o projeto de extração de amostras em nome do consórcio, por meio de sua subsidiária Matilda Minerals.
A Savannah Resources considera que "existe potencial para um projeto financeiramente robusto e de longa duração" em Mutamba, Inhambane.
Prevê-se que a mina possa funcionar durante 30 anos a partir de 2020 com produção anual média de 456 mil toneladas de ilmenite e 118 mil toneladas de concentrado não magnético.
Em junho, numa outra apresentação do projeto, David Archer realçou que o projeto Mutamba poderá ser sinónimo de "um grande desenvolvimento industrial para a região" com capacidade "para dar trabalho a 332 pessoas" e impulsionar mil empregos indiretos.
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