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Exportações da metalomecânica representaram 62% da faturação em 2015

As exportações representaram 62% da faturação do setor metalomecânico português em 2015, mais oito pontos percentuais que em 2011, sendo esta indústria dominada por 72% de microempresas concentradas em Aveiro, Setúbal e Porto, segundo um estudo do BdP.

Exportações da metalomecânica representaram 62% da faturação em 2015
Notícias ao Minuto

16:14 - 05/04/17 por Lusa

Economia BdP

De acordo com a "Análise setorial da indústria metalomecânica 2011-2016" hoje divulgada pelo Banco de Portugal (BdP), os mercados externo e interno contribuíram três e dois pontos percentuais (p.p.), respetivamente, para a evolução do volume de negócios do setor em 2015, tendo o contributo do mercado externo sido sempre positivo desde 2011.

Em 2015 face a 2014, o volume de negócios da indústria metalomecânica portuguesa aumentou 5%, um acréscimo superior em três p.p. ao registado nas indústrias transformadoras e no total das empresas pelo segundo ano consecutivo.

Segundo o BdP, o crescimento do volume de negócios foi transversal a todas as classes de dimensão e variou entre 2% nas microempresas e 6% nas pequenas e médias empresas (PME), tendo a faturação aumentado 10% nos 'equipamentos de transporte' e 5% nos 'produtos metálicos e elétricos', enquanto nas 'metalúrgicas de base' diminuiu 6%.

Em 2015, cerca de uma em cada cinco empresas da indústria metalomecânica integrava o setor exportador (contra 15% nas indústrias transformadoras e 6% no total das empresas), sendo que as empresas do setor que pertenciam ao setor exportador eram responsáveis por 83% do volume de negócios e 69% das pessoas ao serviço desta indústria.

Nesse ano, a indústria metalomecânica compreendia 2% das empresas em Portugal (9,7 mil empresas) e representava 7% do volume de negócios e 6% do número de pessoas ao serviço, tendo o peso do setor no total das empresas e nas indústrias transformadoras se mantido em relação a 2011.

Apesar de em 2015 cerca de 72% das empresas da indústria metalomecânica serem microempresas, as grandes empresas (1%) dominavam em volume de negócios (eram responsáveis por 53% do total) e as PME em número de pessoas ao serviço (57%).

Aveiro agregava 20% do volume de negócios da indústria metalomecânica, seguido dos distritos de Setúbal (1%) e do Porto (15%), ainda que o setor fosse mais relevante em Bragança e em Viana do Castelo, onde representava 35% e 33% do volume de negócios das empresas que aí tinham sede, respetivamente.

Segundo o BdP, o EBITDA (resultados antes de impostos, juros, amortizações e depreciações) da indústria metalomecânica aumentou 28% entre 2014 e 2015, sobretudo com os contributos das PME e das grandes empresas e dos 'produtos metálicos e elétricos'.

A análise do BdP refere ainda uma rendibilidade dos capitais próprios do setor na ordem dos 9% em 2015 (mais 4 p.p. do que em 2014), acima da registada pelo total das empresas (7%), mas abaixo da observada nas indústrias transformadoras (10%).

No que diz respeito à situação financeira das empresas, verifica-se que a autonomia financeira foi superior à do total das empresas e à das indústrias transformadoras, com um rácio de 43% em 2015 (mais sete pontos percentuais do que em 2011), mas o facto é que metade das empresas do setor apresentava uma autonomia financeira inferior a 32% (29% e 27%, respetivamente, nas indústrias transformadoras e no total das empresas).

Quanto ao passivo, diminuiu 3% em 2015 em relação a 2014, acompanhando as variações registadas pelas indústrias transformadoras (-1 por cento) e pelo total das empresas (-3 por cento), representando a dívida remunerada 42% do passivo e os empréstimos bancários 26%.

Em 2015, metade das grandes empresas da indústria metalomecânica apresentou uma redução de juros superior a 19%, o que, em conjugação com o aumento do EBITDA, determinou uma queda da pressão financeira em cinco p.p. face a 2014, com os juros suportados a consumirem, 8% do EBITDA do setor.

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