"Essa notícia não vai existir", garante Costa sobre eventual resgate
O primeiro-ministro, António Costa, disse hoje que não há qualquer razão para Portugal pedir um segundo resgate, garantindo que "essa notícia não vai existir".
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Economia Primeiro-ministro
"Não se justifica, não há nenhuma razão substantiva para que aconteça, nem de execução orçamental, nem de evolução da dívida, nem de sistema financeiro. É verdadeiramente a não notícia de que se tem falado", afirmou António Costa aos jornalistas, quando questionado sobre a possibilidade que vem sendo referida de Portugal requerer nova ajuda financeira.
"A [agência de 'rating'] DBRS só veio dizer hoje aquilo que temos repetido e que ontem já tinha dito a Moody's. Essa notícia não vai existir, temos de procurar outra notícia porque essa não dá", acrescentou o chefe do Governo.
As declarações do primeiro-ministro foram feitas hoje durante a visita à Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, no Monte da Caparica, e acontecem quando a imprensa internacional fala na possibilidade de Portugal pedir um segundo resgate, o que já levou o presidente do PSD, Passos Coelho, a dizer que se Portugal voltar a ter um "mal maior", numa referência implícita a um novo resgate, tal acontecerá "em consequência de ato deliberado".
Já hoje, António Costa tinha dito que não tem o menor cabimento colocar-se um cenário de segundo resgate financeiro e, numa indireta ao PSD, sugeriu que quem espera o "diabo" melhor fará em dedicar-se a caçar "pokémons".
Na terça-feira, a agência de 'rating' Moody's considerou que a possibilidade de um novo resgate é "baixo".
A Moody's é uma das maiores agências mundiais que avaliam o risco de crédito e atribui a Portugal o 'rating' de Ba1 ('lixo') com perspetiva estável.
Também hoje, a agência canadiana DBRS -- a única que atribui grau de investimento à dívida portuguesa -- considerou que não há necessidade de um novo programa, em declarações à SIC.
Numa entrevista à cadeia de televisão norte-americana CNBC, divulgada no início desta semana, o ministro das Finanças, Mário Centeno, disse que a sua "principal tarefa" é evitar esse cenário.
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