Emprego: CGTP dá prioridade ao combate à precaridade dos trabalhadores
A CGTP defendeu hoje o combate à precariedade como uma prioridade de todo o movimento sindical, tendo em conta que 8 em cada 10 empregos criados em 2015 não tinham vínculo permanente.
© Global Imagens
Economia Arménio Carlos
De acordo com a proposta reivindicativa da Intersindical, 25% dos contratos feitos nos primeiros dez meses de 2015 tinham duração inferior a 60 dias.
"A precariedade assume assim, neste contexto, uma prioridade de todo o Movimento Sindical Unitário. A prioridade promove a insegurança e o empobrecimento dos trabalhadores e das suas famílias; é um foco de exploração e desigualdades", diz a Inter.
O conselho Nacional da CGTP aprovou hoje a sua proposta reivindicativa para 2017, que prevê aumentos salariais de 4%, que garantam um mínimo de 40 euros a cada trabalhador, e o aumento do salário mínimo nacional (SMN) para os 600 euros.
A central reivindica a reorientação das políticas ativas de emprego de modo a contribuirem para a "criação líquida de emprego estável, seguro e com direitos".
Segundo a central sindical, que refere um relatório do Governo, 36% dos novos contratos de trabalho são feitos com base numa remuneração igual ao SMN, que é atualmente de 530 euros.
No documento, a central sindical salientou ainda o agravamento da pobreza e das desigualdades sociais entre 2011 e 2014, com a população pobre a passar dos 17,95 para os 19,5%, respetivamente.
"Impressiona, quer o número de pessoas em risco de pobreza e de exclusão social-próximo do limiar dos 3 milhões em 2014 (2,9 milhões, o que corresponde a 27,5% da população), quer o aumento de 284 mil pessoas desde 2011", refere a proposta.
A CGTP salienta ainda que a pobreza não afeta só os idosos com baixas pensões, pois atinge 11% dos trabalhadores e 41% dos desempregados.
Por isso reivindica a reposição da idade de reforma nos 65 anos, a reforma antecipada sem penalizações para os trabalhadores com 40 anos de carreira contributiva e a melhoria da proteção no desemprego.
A reposição de direitos, a redução do horário de trabalho e o respeito pela contratação coletiva são outras das reivindicações defendidas pela Inter na sua proposta.
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