POUPANÇA NO MINUTO
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Aliança internacional processa BdP por perdas no Novo Banco
Grandes empresas de vários países querem obrigar banco regulador a cobrir prejuízos com títulos de dívida do antigo BES. Decisão de transferir obrigações para o 'banco mau' continua a fazer correr muita tinta nos jornais internacionais.
© Reuters
Economia Obrigações
A solução aparentemente milagrosa de transferir cinco linhas de títulos de dívida soberana do Novo Banco para o atual BES não foi, afinal, tão simples como parecia ao início.
A operação foi apresentada pelo Banco de Portugal como uma simples recapitalização, apagando cerca de dois mil milhões de euros devidos aos credores do balanço do 'banco bom' e passando para o 'banco mau' as responsabilidades de reembolso, mas os impactos no bolso dos detentores começou a tornar-se evidente com o passar do tempo. As linhas de obrigações institucionais tinham transformaram-se subitamente em ativos com baixíssimas probabilidade de reembolso e a resposta não se fez esperar.
Gigantes como a Blackrock e a Pimco surgiram em público a assumir o espanto e desagrado com a decisão do Banco de Portugal e os jornais internacionais garantiam que a intenção era avançar para tribunal. Agora, meses depois da decisão ser anunciada pelo Banco de Portugal, o Financial Times confirma as más notícias: 14 investidores institucionais na dívida do antigo BES vão processar em conjunto o banco regulador português para tentar recuperar o dinheiro potencialmente perdido, avaliado em quase dois mil milhões de euros.
Para defender as suas posições, as 14 empresas envolvidas contrataram a Clifford Chance, uma das maiores sociedades de advogados do Reino Unido e Europa. Os investidores institucionais alegam que o Banco de Portugal discriminou os investidores empresariais face ao retalho, para além de favorecer os detentores de dívida portugueses em detrimento dos estrangeiros.
O Economia ao Minuto contactou o Banco de Portugal para obter uma reação à notícia do Financial Times, mas até agora não recebeu qualquer resposta.
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