Venda de imobiliário de luxo cresceu 48% em Portugal
A Portugal Sotheby's International Realty, na sua vertente residencial, registou o melhor ano de sempre em 2014, com um crescimento de 48% no volume de negócios face ao ano anterior, para 185 milhões de euros.
© Reuters
Economia Sotheby's
Os números da atividade da imobiliária dedicada ao segmento de luxo, que se traduz na comercialização de casas com valores superiores a 500 mil euros, foram revelados hoje num almoço com jornalistas pelo diretor-geral da empresa em Portugal, Gustavo Soares.
Presente em Portugal desde 2007, a agência imobiliária realizou no ano passado a venda de 212 imóveis, com um aumento do valor médio pago pelos compradores de 9%, para 870 mil euros, revelou também o mesmo responsável.
De acordo com Gustavo Soares, em 2014 deu-se um aumento na proporção de clientes estrangeiros da empresa face aos portugueses, com os primeiros a representarem 66% do volume de negócios total, quando no ano anterior esse peso tinha sido de 50%.
Ainda no ano passado, o maior número de clientes da agência foram os franceses (29% do total de clientes estrangeiros), seguidos pelos brasileiros (17%), com destaque também para os ingleses (14%).
Quanto aos valores gastos em aquisições, são os angolanos e os chineses que tomam a dianteira entre os clientes da Portugal Sotheby's International Realty, com valores médios de aquisição de 1,8 milhões e 1,5 milhões de euros, respetivamente. Seguem-se os ingleses com uma média de 1,2 milhões de euros por compra.
No entanto, apesar de no caso dos compradores chineses as transações terem geralmente o objetivo de investimento, Gustavo Soares indicou que estes negócios "não tiveram nada a ver com os 'vistos gold'", área da qual a empresa se tem mantido afastada.
Quanto ao ano de 2015, o objetivo da Portugal Sotheby's International Realty é "duplicar a operação", o que se vai traduzir também no aumento do número de escritórios e de trabalhadores, tal como na especialização em novas áreas.
No que respeita aos escritórios, o diretor-geral disse que a empresa prevê abrir o primeiro espaço no Porto "até ao próximo verão", sendo que até ao final deste ano deverá inaugurar também um segundo escritório em Lisboa.
Já o número de trabalhadores deverá passar dos "cerca de 100" que se registavam no final de 2014, quando aumentou em 50%, para um total de 180 no fim de 2015, acrescentou Gustavo Soares, adiantando ainda que a empresa pretende avançar com um projeto-piloto para a criação de uma área de operações especializada em obra nova.
"O objetivo é termos pessoal dedicado a ajudar o promotor [de novas habitações] em todo o processo de comercialização e colocação no mercado", indicou.
De acordo com o mesmo responsável, o segmento do luxo em Portugal também foi afetado pela crise imobiliária, com uma descida "de cerca de 60% no número de transações entre 2007 e 2012", superior à quebra do mercado global que foi "de cerca de 57%".
"É um mito urbano quando dizem que o luxo resiste a tudo", comentou.
No entanto, entre 2012 e 2013, o diretor-geral afirma que este nicho de mercado voltou a recuperar, começando "a surgir a apetência para o luxo", uma vez que "o ambiente propiciador do negócio melhorou, incluindo o crédito".
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