"Em Portugal, os especialistas apontam que a inteligência artificial generativa poderá aumentar o PIB entre 18 a 22 mil milhões de euros em 10 anos", disse o governante, na abertura do Forúm Financeiro Outlook, em Lisboa.
Gonçalo Matias notou ainda que as tecnologias de IA terão impacto em 85 milhões de postos de trabalhos a nível mundial, porém ressalvou que a IA "pode criar 97 milhões de novos empregos".
"Isto implica, ou traduz, uma criação líquida de cerca de 12 milhões de empregos a nível global e o aumento do PIB mundial em cerca de 15 pontos percentuais (p.p.) até 2035", acrescentou.
Em termos de impactos diretos na população, o ministro admitiu que as "aplicações de IA no setor público podem poupar entre 96,7 milhões a 1,2 mil milhões de horas de trabalho por ano".
O governante afirmou ainda que no panorama português, tal se traduz em "centenas de milhões de euros anuais de poupança".
Gonçalo Matias afirmou disse que Portugal está atrasado nos 'drivers' (condutores) de inovação e IA a nível mundial e reiterou a necessidade de apostar na infraestrutura digital que sirva de suporte para a transição e promova uma adoção generalizada da tecnologia.
Relativamente às propostas do Governo, o ministro trouxe para o discurso a intenção de lançar "um pacto de competências digitais" que garanta a "inclusão social, a literacia digital para todos os cidadãos, independentemente da sua localização, da sua condição social, em parceria com o setor empresarial e direcionada para oportunidades de emprego concretas".
Em declarações aos jornalistas, o governante disse apenas que o programa de Governo "está preocupado em pôr os cidadãos e as empresas no centro da decisão pública, e utilizar os instrumentos disponíveis, a tecnologia e a IA, como forma de, justamente, simplificar, facilitar, digitalizar a economia".
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