Líderes europeus não se entendem sobre fim da crise do euro
Os responsáveis europeus têm visões diferentes sobre o andamento do combate à recessão, oscilando entre a Alemanha, que diz ser cedo para "levantar o alerta", e a França, que diz que a crise "ficou para trás".
© EPA
Economia Olli Rehn
Para o comissário dos Assuntos Económicos e Monetários, por outro lado, a austeridade "está a resultar".
Num artigo de opinião publicado no Financial Times na segunda-feira, Olli Rehn, comissário europeu para os Assuntos Económicos e Monetários, afirmou que "há sinais de que a confiança está a regressar" à União Europeia (UE): a Irlanda voltou ao mercado de dívida, em Setembro entraram, pela primeira vez desde há 15 meses, mais capitais privados em Espanha do que saíram e Itália emitiu dívida a dez anos a taxas que não eram tão baixas desde 2010, enumerou o responsável.
"Para ultrapassar a crise e recuperar a confiança, temos de continuar a remover obstáculos estruturais ao crescimento sustentável e ao emprego, continuar a consolidação orçamental de forma prudente e transformar os pensamentos em acções convincentes quando redesenharmos e reconstruirmos a nossa união económica e monetária", defendeu Olli Rehn.
O comissário europeu considerou, portanto, que "é preciso permanecer no caminho e prosseguir as reformas decisivas" nos Estados membros da UE e "aprofundar a integração na zona euro".
Também o presidente Francês, François Hollande, afirmou que a crise da zona euro estava "para trás", destacando todos os esforços feitos pelos países europeus para "resolver os problemas".
"A crise da zona euro - já o disse - ficou para trás. Quanto à Grécia, acordámos finamente os fundos por que esperava. Em relação a Espanha, permitimos ao sector bancário que se refinanciasse. Na Itália, mesmo que haja uma incerteza política, estou certo de que os italianos vão responder como é necessário", disse Hollande aos jornalistas na segunda-feira.
No entanto, a chanceler alemã Angela Merkel, parece discordar tanto de Olli Rehn como de François Hollande, ao afirmar que ainda não pode "levantar o alerta" sobre a crise da zona euro.
"Não posso ainda levantar completamente o alerta, sou prudentemente optimista", disse a chanceler, reagindo indirectamente às declarações do presidente francês.
Entretanto, na mesma cerimónia, Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia, garantiu que Bruxelas vai defender a União Europeia e a moeda única.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com