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PIB da Alemanha cresce 1,9% em 2022 face a 2021 e 0,7% face a 2019

O Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha cresceu 1,9% no conjunto de 2022 face ao ano anterior e 0,7% em relação a 2019, ano anterior à crise da pandemia, anunciou hoje a agência federal de estatística alemã (Destatis).

PIB da Alemanha cresce 1,9% em 2022 face a 2021 e 0,7% face a 2019
Notícias ao Minuto

10:23 - 13/01/23 por Lusa

Economia Alemanha

Em dados corrigidos das variações de calendário, o crescimento económico da Alemanha foi de 2,0% em 2022.

"A situação económica global na Alemanha em 2022 foi marcada pelas consequências da guerra na Ucrânia, tais como aumentos extremos nos preços da energia", disse Ruth Brand, presidente da Destatis, numa conferência de imprensa para apresentar estes dados que são provisórios.

Além da guerra na Ucrânia, a situação económica foi "agravada por problemas significativos de abastecimento e estrangulamentos de material, aumentos maciços de preços, por exemplo de alimentos, bem como escassez de pessoal qualificado e a persistente pandemia de coronavírus, apesar de ter vindo a regredir ao longo do ano", adiantou Brand.

"Apesar destas e de outras condições difíceis, a economia alemã em termos gerais conseguiu resistir bem, acrescentou.

O valor acrescentado bruto ajustado do preço aumentou 1,8% em 2022 face ao ano anterior, com desenvolvimentos muito diferentes em diversos setores económicos.

Assim, alguns setores de serviços beneficiaram de efeitos de recuperação após o desaparecimento de quase todas as medidas para conter a pandemia.

O setor dos outros prestadores de serviços, que também inclui a indústria criativa e de entretenimento, cresceu de forma particularmente forte, designadamente 6,3%.

Os setores dos transportes e da hotelaria também beneficiaram do levantamento das medidas de contenção e deram um forte impulso de 4,0% ao setor combinado do comércio, dos transportes e da hotelaria.

Pelo contrário, o valor acrescentado bruto no comércio diminuiu depois do aumento do ano anterior.

O setor da informação e comunicação continuou a sua longa trajetória de crescimento, abrandando apenas em 2020, no primeiro ano da pandemia, e registou também um aumento significativo de 3,6%.

Em contraste, no setor da construção, que tinha resistido comparativamente bem à crise da pandemia, a escassez de materiais e de mão-de-obra qualificada, os elevados custos de construção e o agravamento das condições de financiamento resultaram num declínio significativo do valor acrescentado bruto de 2,3%.

Os elevados preços da energia e a ainda limitada disponibilidade de bens intermédios amorteceram o desempenho económico do setor transformador, que apenas aumentou 0,2% face ao ano anterior.

O setor industrial foi afetado sobretudo na primeira metade de 2022 por problemas nas cadeias de abastecimento internacionais, como já aconteceu em 2021, agravado pelo aumento maciço dos preços da energia devido à guerra na Ucrânia.

Do lado da procura, o consumo privado foi o principal pilar de crescimento da economia alemã, ao aumentar 4,6% face a 2021 e quase atingindo o nível pré-pandemia, graças precisamente aos efeitos de recuperação depois do levantamento de quase todas as medidas de contenção na primavera de 2022.

A despesa de consumo público aumentou 1,1%, depois de dois anos fortemente marcados pela pandemia.

O Estado gastou significativamente mais dinheiro no apoio aos muitos refugiados da Ucrânia e de outros países, enquanto a despesa pública para combater a pandemia foi reduzida.

O investimento na construção contraiu-se em 1,6% em 2022 devido à falta de materiais de construção e à escassez de mão-de-obra qualificada, e a tendência negativa foi acentuada por crescentes cancelamentos de projetos comerciais e privados devido aos preços persistentemente elevados e ao aumento das taxas de juro.

Em contraste, o investimento em bens de capital - especialmente maquinaria e equipamento, bem como veículos - cresceu 2,5% em comparação com o ano anterior.

O comércio externo aumentou apesar da subida acentuada dos preços em 2022 e a Alemanha exportou 3,2% mais bens e serviços do que no ano anterior, enquanto as importações aumentaram ainda mais - em 6,7%.

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