Novo resgate "acabará por ser necessário"
Medina Carreira acredita que, apesar de agora não ser a altura indicada, o País vai precisar de se socorrer de um segundo resgate financeiro. O economista volta ainda a acusar os chefes de Governo de mentirem sempre nas eleições.
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Economia Medina
Medina Carreira considera que “acabará por ser necessário” um segundo resgate financeiro, no entanto, adverte, “política e internacionalmente não é altura” para o fazer. O economista falava à margem do Fórum para a Competitividade, que decorre esta quinta-feira, no Centro de Congressos de Lisboa, citado pelo Jornal de Negócios.
“Aquilo que me chocou mais neste programa é que dois ou três anos para acertar as contas de um Estado falido não é possível”, continuou o ex-ministro das Finanças, apontando um prazo de seis anos como uma meta realista para “arrumar a casa. Aliás, tal como acredita serem mais realistas as previsões do Banco de Portugal, que estimam uma recessão de 1,6% em 2013, do que as do Orçamento do Estado.
O economista disse ainda que assistiu “divertidamente” à escalada de violência que ontem teve lugar junto à Assembleia da República, ainda que estas reacções o preocupem, uma vez que “um dia um polícia dá um tiro a um sujeito e depois descontrola-se tudo e ninguém sabe o que fazer”.
Medina Carreira voltou também a reforçar a ideia de que “nunca se chega a chefe do Governo sem mentir nas eleições”, apelidando os programas eleitorais de “aldrabice”.
“O Estado social não é viável sem uma economia industrial. As condições para sustentar o Estado social estão corroídas, e o Estado social vai cair muito mais depressa”, advertiu.
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