"Portugal pagou um preço alto mas excessos pagam-se sempre"
Juan Toríbio, economista e antigo diretor executivo do FMI, defende que Portugal estará em condições de voltar aos mercados sem programa cautelar. Em entrevista ao Jornal de Negócios, o agora professor universitário mostra-se adepto da federalização e dos eurobonds.
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Economia Ajustamento
Em Portugal, na condição de professor – convidado pela ‘business school’ AESE –, Juan Toríbio falou sobre a troika, o programa de ajustamento português e o que esperar da Europa no futuro.
Ao Jornal de Negócios, o economista considerou que “Portugal pagou um preço alto. Mas estes excessos de gastos em economia pagam-se sempre”. Defensor do programa de ajustamento desenhado pelo FMI para Portugal, considera que em maio o país deverá estar em condições de voltar aos mercados, sem necessidade de um plano cautelar.
Para o economista espanhol, esta é também altura de a Alemanha “assumir um papel muito mais ativo na União Europeia, ainda que lhe possa sair caro”. E pormenorizou ainda que “o melhor de tudo seria avançar com uma autêntica federalização”, não só monetária mas também bancária, fiscal e orçamental.
Sobre o programa de ajustamento português, Toríbia considera que houve um “custo social grande” e que talvez tenha sido “demasiado acelerado ao princípio”. Mas para o antigo diretor do FMI não há “grandes correções a fazer”.
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