O serviço estatístico da UE destaca ainda que, na comparação com o ano anterior, a venda de pesticidas recuou 10%, para cerca de 322 mil toneladas, variação que justifica com a subida dos preços.
Entre os países para os quais há dados disponíveis, a França (21%), a Espanha (18%), a Alemanha (15%) e a Itália (14%) -- os quatro maiores produtores agrícolas da UE -- registaram as maiores percentagens de pesticidas vendidos e, no seu conjunto, representaram mais de dois terços do volume de vendas anuais destes produtos entre 2011 e 2022.
Comparando com 2011, ano em que o Eurostat iniciou a série, as maiores quebras nas vendas de pesticidas foram observadas na Itália (-37%), Portugal (-36%) e Grécia (-33%).
A principal categoria de pesticidas vendidos na UE foi, em 2022, a de fungicidas e bactericidas (43% do total), seguida pela dos herbicidas, removedores de algas e de fundos (35%) e pela categoria dos inseticidas e acaricidas (14%).
A Comissão Europeia retirou, em fevereiro, a proposta para reduzir para metade o uso de pesticidas na agricultura até 2030, que já tinha sido rejeitada pelo Parlamento Europeu e foi um dos alvos dos recentes protestos dos agricultores na UE.
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