O ministro de Estado e das Finanças, João Leão, disse ter passado, no Conselho de Assuntos Económicos e Financeiros (Ecofin), uma mensagem de "estabilidade e de compromisso" com o cumprimento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e das metas europeias. 

"Participei hoje na reunião do Ecofin onde tive oportunidade de transmitir aos meus colegas ministros das Finanças uma mensagem de estabilidade e de compromisso de Portugal para com o cumprimento do PRR e das metas europeias", disse o ministro das Finanças, citado numa publicação do Ministério das Finanças na rede social Twitter. 

A Comissão Europeia anunciou que vai aguardar que o futuro Governo português apresente um novo plano orçamental para 2022 para emitir o seu parecer, admitindo ter um novo documento apenas em março, disse o vice-presidente executivo Valdis Dombrovskis, também à margem do Ecofin. 

Questionado sobre a situação de Portugal, à luz da rejeição da proposta de Orçamento do Estado para o próximo ano (OE2022) e convocação de eleições legislativas antecipadas, Dombrovskis disse que teve oportunidade de abordar a questão com João Leão e confirmou que Bruxelas vai aguardar por um novo projeto de orçamento a ser remetido pelo Governo que for formado após as eleições de 30 de janeiro, pelo que não emitirá uma opinião este mês.

MEF João Leão: “Participei hoje na reunião do #ECOFIN onde tive oportunidade de transmitir aos meus colegas ministros das Finanças uma mensagem de estabilidade e de compromisso de Portugal para com o cumprimento do #PRR e das metas europeias". pic.twitter.com/2Zjwqp9MiH

— Finanças PT (@pt_financas) November 9, 2021

Na segunda-feira à noite, à saída de uma reunião dos ministros das Finanças da zona euro (Eurogrupo), João Leão já adiantara que as conversas com a Comissão Europeia sobre o caminho a seguir em termos de avaliação do próximo orçamento ainda estavam em curso, mas que o que ficou acordado "em princípio" era que não haveria nesta fase uma avaliação da proposta orçamental remetida pelo Governo em outubro para Bruxelas, "porque o orçamento não foi aprovado", cenário agora confirmado pela Comissão.

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