Moçambique lança mais 367 km da "espinha dorsal" de eletricidade
O Governo moçambicano lança quinta-feira a primeira pedra de uma linha de 367 quilómetros no centro do país para dar um novo impulso ao projeto de ligar norte e sul do país em alta tensão, disse hoje à Lusa fonte oficial.
© Lusa
Economia Energia
A ligação vai fazer parte do projeto que é também designado como "espinha dorsal" de distribuição de energia em Moçambique.
O troço a lançar vai ligar a localidade de Chimuara e o distrito de Alto-Molocué, na província da Zambézia, e está orçado em 200 milhões de dólares (167,9 milhões de euros) com financiamento do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD).
A cerimónia vai decorrer em Chimuara, localidade situada junto ao rio Zambeze.
As obras marcam o arranque da primeira de três fases de investimento, na província da Zambézia, no âmbito do projeto de transporte de energia entre o norte e sul, conhecido por Cesul.
Fora da província da Zambézia, o Cesul compreende ainda a linha de transmissão a instalar entre Temane (província de Inhambane, região sul) e Maputo (sul), com uma extensão de 563 quilómetros e orçada em 530 milhões de dólares (445 milhões de euros).
O arranque das obras a sul está previsto para novembro.
O Cesul inclui também o troço, já em construção, entre Chibabava (província de Sofala, região centro) e Vilanculos (província de Inhambane, sul), com uma extensão de 240 quilómetros e orçado em 35 milhões de dólares (29,3 milhões de euros).
Na província de Nampula, está em curso a construção de várias linhas de transmissão integradas no empreendimento.
O projeto Cesul será alimentado por várias fontes energéticas, principalmente pela Hidroelétrica de Cahora Bassa (HCB) e centrais térmicas.
A infraestrutura na sua totalidade consiste na construção de 1.340 quilómetros de linha de corrente alternada e 1.250 quilómetros de linha de corrente contínua, com capacidade para escoar cerca de 3.100 megawatts.
Está também prevista a edificação de oito subestações e a ampliação de outras duas.
Em 2014, o então Governo moçambicano estimava o custo global do Cesul em 1.500 milhões de dólares, o equivalente a 1.200 milhões de euros.
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