Governo começou a ouvir parceiros sociais sobre aumento do salário mínimo
O Governo quis hoje começar a ouvir os parceiros sociais sobre o aumento do salário mínimo nacional em 2021, mas não apresentou uma proposta ainda que mantenha o objetivo de o atualizar.
© iStock
Economia salário mínimo
"O nosso objetivo é progredir e continuar esta progressão do aumento do salário mínimo nacional", precisou a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, no final da reunião da Concertação Social, reiterando o objetivo assumido pelo Governo de chegar ao final da legislatura com o salário mínimo nacional nos 750 euros.
"Hoje ouvimos os parceiros. Naturalmente que o nosso objetivo é aumentar o salário mínimo em 2021", disse, remetendo uma decisão do Governo para o final deste processo de auscultação aos parceiros e análise das suas propostas.
No final, em declarações aos jornalistas, o presidente da Comissão do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), João Vieira Lopes, remeteu para novembro uma tomada de posição da confederação sobre o salário mínimo.
"A CCP considera que só em novembro se deve discutir o salário mínimo" referiu Vieira Lopes para quem as preocupações neste momento são a forma como a crise está a afetar dos diferentes setores e as pequenas e médias empresas que têm contratos com o Estado, em que uma boa parte da mão de obra recebe o salário mínimo nacional.
A UGT, que defende um aumento de 35 euros (ou seja, de valor idêntico ao de 2020), referiu que à questão do aumento do salário mínimo "os empregadores responderam com um rotundo não".
A CGTP tem defendido que o salário mínimo atinja o patamar dos 850 num curto espaço de tempo, objetivo reiterado hoje por Isabel Camarinha que salientou a necessidade de aumentar o poder de compra dos trabalhadores.
A ordem de trabalhos da reunião da Comissão Permanente de Concertação Social (CPCS) incluía a situação decorrente da covid-19, o Plano de Recuperação e Resiliência e uma parte dedicada a 'outros assuntos'.
O salário mínimo nacional foi fixado em 635 euros em 2020.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com