Covid-19: Economia da Guiné Equatorial cai 11,3% este ano
O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) agravou hoje a previsão de uma forte quebra na economia da Guiné Equatorial, para 11,3% este ano devido à pandemia da covid-19, para a qual o país não tem meios.
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Economia Covid-19:
"De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a covid-19 representa um elevado risco para a Guiné Equatorial devido à fraca capacidade do seu sistema de saúde, falta de equipamento essencial para combater a pandemia, pouca higiene e condições de vida, sobrepopulação nas maiores cidades e altas taxas de morbilidade, que podem levar a um agravamento da severidade da doença", lê-se na atualização das Perspetivas Económicas Regionais, o relatório anual do BAD sobre as economias africanas.
No documento, os economistas do BAD acentuam a previsão de recessão, que passa de 3,7%, previstos em janeiro, para 9,2% no cenário base (pandemia dura até julho) e 11,3% no cenário em que a pandemia dura até final do ano.
"A queda dos preços do petróleo no princípio de 2020, causada por uma contração na procura global e por um excesso de oferta, combinada com declínio geral da atividade económica devido ao confinamento, deverão ter um forte impacto negativo na economia do país e acentuar a recessão de 2020 e 2021", ano em que os economistas do BAD antecipam uma nova queda do PIB, entre 5 e 6,4%.
A Guiné Equatorial, o país com o pior sistema de saúde dos 195 países analisados no Índice Global de Segurança Sanitária, deverá ter um défice das contas públicas que pode chegar a 6% do PIB e precisa do equivalente a 4,3% do PIB para fazer face às necessidades de financiamento para combater a pandemia e relançar a economia, conclui o BAD.
África passou na quarta-feira o meio milhão de casos de covid-19 e o número de mortos subiu para 11.955, mais 333 nas últimas 24 horas, segundo os dados mais recentes sobre a pandemia no continente.
De acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), o número de infetados subiu para 508.086, mais 16.336 nas últimas 24 horas, enquanto o número de recuperados era, na quarta-feira, de 245.068, mais 8.702.
A Guiné Equatorial, que integra a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), mantém há vários dias 3.071 casos e 51 mortos, segundo o África CDC.
O primeiro caso de covid-19 em África surgiu no Egito em 14 de fevereiro e a Nigéria foi o primeiro país da África subsaariana a registar casos de infeção, em 28 de fevereiro.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 545 mil mortos e infetou mais de 11,9 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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