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SINTAB. Indústria da carne devia ter sido protegida como o setor da saúde

O Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal (SINTAB) defendeu hoje que deviam ter sido tomadas medidas para proteger os trabalhadores da indústria da carne, como os profissionais de saúde.

SINTAB. Indústria da carne devia ter sido protegida como o setor da saúde
Notícias ao Minuto

15:49 - 09/05/20 por Lusa

Economia Covid-19

"Deveriam ter sido tomadas medidas em relação aos trabalhadores da indústria da carne, equivalentes às que foram tomadas para os enfermeiros, médicos, entre outros profissionais", considerou Rui Matias, do SINTAB, em declarações à agência Lusa.

Em causa está o encerramento da empresa Avipronto, na Azambuja, no dia 02 de maio, depois de terem sido detetados casos de infeção por covid-19 entre os trabalhadores.

A empresa já foi, entretanto, autorizada a reabrir na próxima segunda-feira, de forma faseada.

Também esta semana foram confirmados casos de infeção na fábrica de processamento de carnes Raporal, no Montijo.

"Os trabalhadores trabalham lado a lado, a 15 ou 20 centímetros uns dos outros, muitas vezes sem equipamentos de segurança necessários", adiantou Rui Matias.

Segundo aquele dirigente sindical, os trabalhadores daquela fábrica no Montijo partilham postos de trabalho e, por esse motivo, o SINTAB acredita que haja mais casos de infeção por covid-19 do que os 40 divulgados.

"Esta questão sabia-se e a Câmara Municipal e a Direção-Geral da Saúde (DGS) foram avisadas atempadamente. [...] Vamos ver até ao final da semana quantos trabalhadores mais é que vão estar contaminados", acrescentou.

Rui Matias reitera que os trabalhadores da indústria da carne "deviam ter sido protegidos e não foram", chegando mesmo a ter de cumprir trabalho suplementar.

Em relação à reabertura da Avipronto, o SINTAB diz que ainda não recebeu o plano da DGS, mas acredita que, numa primeira fase, o número de trabalhadores chamados a voltar às suas funções não ultrapassará os 40, sendo que entre 15 e 20 serão mesmo trabalhadores operários da indústria e os restantes de funções periféricas, como logística e embalamento.

O SINTAB manifesta-se preocupado com a situação daqueles trabalhadores e vai convocar uma reunião magna com os associados, na Azambuja, para avaliar as medidas a tomar.

Portugal contabiliza 1.126 mortos associados à covid-19 em 27.406 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia.

Relativamente ao dia anterior, há mais 12 mortos (+1,1%) e mais 138 casos de infeção (+0,5%).

Das pessoas infetadas, 815 estão hospitalizadas, das quais 120 em unidades de cuidados intensivos, e o número de casos recuperados passou de 2.422 para 2.499.

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