CTT não conseguem alcançar objetivos de qualidade de serviço em 2019
Os CTT, tal "como antecipado desde a primeira hora, não conseguiram alcançar os objetivos de qualidade de serviço" definidos pelo regulador Anacom em 2019, "ainda que na sua larga maioria" estes se aproximem ou sejam superiores a 90%.
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Economia Anacom
Numa nota enviada hoje à Lusa, os Correios de Portugal referem que, "caso se tivessem mantido os 11 indicadores e o Indicador Global de Qualidade do Serviço (IGQS) e desconsiderados os resultados relativos às regiões autónomas decorrentes na capacidade de transporte de carga aérea completamente alheia aos CTT, ter-se-ia registado um IGQS de 107,5, acima do objetivo de 100".
Os CTT apontam que, em 2018, "contra todas as expectativas e a tendência verificada na União Europeia, alterou-se o enquadramento regulamentar em Portugal, passando de 11 os indicadores medidos para 24 e tornando os objetivos dos chamados Indicadores de Qualidade de Serviço (IQS) estranha e desproporcionadamente exigentes, alguns deles de cumprimento impossível, como os CTT tiveram oportunidade de alertar atempadamente a Anacom [Autoridade Nacional de Comunicações]".
Além disso, "a agravar essa situação, alteraram-se ainda os procedimentos do sistema de medição, que se tornou mais complexo, cerca de cinco vezes mais oneroso e significativamente menos fiável", sendo que "estas decisões foram impugnadas judicialmente pelos CTT, num processo que decorre nas instâncias próprias", acrescentam.
A empresa liderada por João Bento sublinha que sempre assinalou "a impossibilidade de cumprir estes novos indicadores: Portugal é um caso único de exigência na União Europeia, com níveis tão altos que não permitem o erro humano nem acomodar situações consequentes de ajustes, mesmo que virtuosos, na eficiência da operação".
No entanto, "os CTT não se escudam nas questões meramente administrativas e reconhecem que, a estas, acrescem ainda outras situações - algumas da responsabilidade da empresa, ainda que em larga medida fora da esfera do seu controlo - que, em 2019, do ponto de vista operacional, dificultaram especialmente a sua atividade e prejudicaram a qualidade de serviço, contribuindo para o não atingimento dos objetivos de qualidade".
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