CNA pede apoio para agricultura familiar em vez de grandes empresas
A Confederação Nacional da Agricultura (CNA) pediu ao novo Governo que favoreça a agricultura familiar em vez de promover políticas de "produzir para exportar" e grandes empresas, de acordo com um comunicado.
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Economia Agricultura
"O novo Governo deve destacar, no seu programa e na sua composição, o papel ímpar do sector agropecuário e florestal e, em particular, a reconhecida importância da agricultura familiar", defendeu a CNA.
Para a organização, desta forma o novo executivo irá contribuir "para uma alimentação de qualidade e proximidade", bem como para "a preservação do espaço rural", a "defesa dos recursos naturais e da biodiversidade", o "combate à desertificação humana" e o desenvolvimento das economias regionais e a do país.
A CNA pediu ainda "a rápida operacionalização do Estatuto da Agricultura Familiar", que será um "fator indispensável à defesa da biodiversidade e manutenção dos recursos naturais, uma alavanca ímpar na minimização das consequências das alterações climáticas", segundo o documento.
Para a organização, "as políticas do 'produzir para exportar' e do 'equilíbrio da balança alimentar, em valor'" e "os privilégios dados às grandes empresas de produção intensiva" têm como consequência "a necessidade de importar grande parte da nossa alimentação".
A CNA lamenta ainda que estas políticas apenas tenham "proporcionado enormes lucros às grandes empresas, em prejuízo da agricultura familiar, da qualidade alimentar da população, da nossa soberania", segundo o documento.
A associação empresarial garantiu ainda que "é indispensável" que o ministério promova políticas que integrem os sectores agrícola, pecuário e florestal "para melhorar o rendimento das explorações e possibilitar um desenvolvimento mais sustentável".
A CNA lembrou ainda que "se o PDR 2020 [Programa de Desenvolvimento Rural] foi obra do Governo da troika" o novo Governo e o novo Ministério da Agricultura "terão a oportunidade de, na negociação da reforma da PAC [Política Agrícola Comum] pós 2020, na definição do próximo Quadro Financeiro Plurianual e no novo PDR, assumir a defesa do interesse da produção agropecuária e florestal" e de uma "alimentação de qualidade e de proximidade para a população, a defesa da soberania alimentar de Portugal".
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