Portugal tem apenas 25 mil empresas que exportam de forma regular
Portugal tem apenas 25 mil empresas que exportam de forma regular e 10 mil estão concentradas num só mercado, disse hoje o presidente da Associação Industrial Portuguesa (AIP), José Eduardo Carvalho.
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Economia AIP
"O comportamento da componente externa da nossa economia tem sido brilhante, atingindo 44% do Produto Interno Bruto (PIB). Há muito trabalho das empresas e do Governo. A política pública aqui tem funcionado muito bem", afirmou o presidente da AIP, José Eduardo Carvalho, na sessão de abertura do 1.º Fórum Empresarial da Beira Baixa, que decorre em Castelo Branco.
Este responsável realçou, por isso, ser necessário alavancar a base exportadora do país.
"Só temos 25 mil empresas que exportam de forma regular e 10 mil estão concentradas num só mercado. Em termos de renovação, anualmente entram [mercado exportador] cinco mil empresas e saem quatro mil", sustentou.
Adiantou ainda que 74% das empresas estão concentradas no mercado europeu e sublinhou a necessidade de diversificação dos mercados.
O presidente da AIP abordou ainda o "papel incontornável" que as associações empresariais regionais podem ter ao nível do desenvolvimento económico de uma região, mas disse que atualmente há uma "conjuntura adversa para o associativismo empresarial.
"Há uma crise de representatividade orgânica dos interesses económicos. Estamos a passar por isso. Anda-se a fragmentar o movimento associativo. Há também uma grande sobreposição, com o espaço a ser ocupado pelas Comunidades Intermunicipais (CIM), pelos Grupos de Ação Local (GAL) e até por algumas entidades públicas", afirmou.
Já o presidente da Associação Empresarial da Beira Baixa (AEBB), José Gameiro, recordou que a associação tem assumido um papel ativo na região.
"Temos orgulho no que fazemos, com o objetivo da valorização e do posicionamento do território e com a promoção de redes de partilha", disse.
José Gameiro explicou ainda que a AEBB nunca se recusou a participar em ações promovidas por outras entidades e adiantou que a captação de investimento está a ser feita de forma não organizada.
"Os desafios dizem-nos que temos que fazer estas ações de forma concertada e queremos dar um sinal de que vale a pena concertar esforços nesse sentido. Todos nós temos a felicidade de poder contribuir para uma boa parte do futuro se assim o quisermos", concluiu.
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