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Custo económico do aquecimento global já é visível em 'micro extremos'

O custo económico das alterações climáticas vai para além do associado aos eventos extremos, como furacões, cuja multiplicação é atribuída à mudança do clima, e começa a ser visível em vários 'micro extremos', apontou um estudo hoje divulgado.

Custo económico do aquecimento global já é visível em 'micro extremos'
Notícias ao Minuto

21:01 - 15/02/19 por Lusa

Economia Clima

De forma cada vez mais frequente, o parque de estacionamento do pequeno porto histórico de Annapolis, perto de Washington, está inundado, mesmo quando há bom tempo. Impulsionada pela maré cheia, cada vez mais alta, a água sobe por dois grandes buracos no solo.

Quando o parque de estacionamento se transforma num lago, ninguém fica ferido, os telhados das habitações não são arrancados, o quarteirão não é evacuado.

Este tipo de acontecimentos 'micro extremos' é menos espetacular do que os furacões, mas o seu custo económico não é anódino, uma vez que reduz o número de turistas ou habitantes que vão fazer compras ou comer nos 16 estabelecimentos comerciais do porto.

Investigadores da Universidade californiana procuraram quantificar este custo, com recurso a um método original, publicado hoje na revista Science Advances, esperando que os seus cálculos, repetidos à escala dos EUA ou a nível internacional, façam tomar consciência das consequências atuais e quotidianas do aquecimento global.

"Pensamos com frequência nas alterações climáticas e na subida da água dos oceanos como grandes ideias que ocorrem ao nível mundial, mas as inundações na maré alta são uma consequência na vida quotidiana", explicou Miyuki Hino, doutoranda em Stanford e coautora do estudo.

Os investigadores recuperaram metodicamente fotos e vídeos do parque de estacionamento para determinar os dias de inundação resultante da maré alta e apuraram 63 em 2017, contra quatro, em média, nos anos 1960.

Depois estimaram a descida do número de visitantes correlacionado, com recurso aos recibos do parque pago, e o consequente reflexo no volume de negócio dos estabelecimentos comerciais.

A sua conclusão foi a de que se verificou uma descida de três mil visitantes em 2017, com uma perda para os estabelecimentos situada entre 86 mil e 172 mil dólares (entre 76 mil e 152 mil euros).

A perda de visitantes foi relativamente pequena, estimada em cerca de 2%. Mas, esta quantidade pode duplicar se o nível da água subir sete centímetros e com 30 centímetros, um cenário admissível até meados do século, aquela perda atinge 24%, nas estimativas divulgadas.

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