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Setor metalúrgico e metalomecânico tem "défice" de 25 mil trabalhadores

O setor metalúrgico e metalomecânico, que já representa 16% do Produto Interno Bruto nacional, debate-se atualmente com um problema de falta de mão-de-obra, registando, segundo a associação do setor, um défice de 25 mil trabalhadores.

Setor metalúrgico e metalomecânico tem "défice" de 25 mil trabalhadores
Notícias ao Minuto

12:01 - 13/11/18 por Lusa

Economia Associação

"Como o setor metalúrgico está a crescer mais que os outros e tem uma dimensão maior que os outros, as nossas necessidades de mão-de-obra têm sido maiores também e de facto estamos a sentir grande dificuldade em conseguir ocupar os postos de trabalho que temos em aberto", afirmou Rafael Campos Pereira, vice-presidente executivo da Associação dos Industriais Metalúrgicos e Metalomecânicos e Afins de Portugal (AIMMAP).

Em declarações à Lusa, aquele responsável aponta o desinvestimento na formação como o principal constrangimento ao crescimento deste setor que, este ano, prevê crescer 15% em relação a 2017, considerado "o melhor ano de sempre".

Segundo Rafael Campos Pereira, o Centro de Formação Profissional da Indústria Metalúrgica e Metalomecânica (CENFIM) tem sido alvo de inúmeros constrangimentos, tendo grande dificuldade, inclusivamente, de funcionar, apesar do fim das cativações orçamentais que aconteceram entre 2015 e 2017.

"O problema foi resolvido no orçamento do estado para 2018, foram proibidas as cativações orçamentais nos centros protocolares, mas acontece que ainda pelas mesmas razões, agora para admitirmos um formador precisamos da autorização do ministro das Finanças e este ministro das Finanças desde que está no governo não autorizou a admissão de um único formador", declarou.

O que significa que, acrescenta o vice-presidente executivo AIMMAP, o centro de formação mais determinante para estas empresas que forma e formou a maioria dos trabalhadores qualificados do setor - 200 mil formandos com uma taxa de empregabilidade de 99,9% - "está altamente debilitado", começando, neste momento, "a perspetivar-se algumas dificuldades em consolidar o crescimento destas empresas".

Para o setor seria importante aproveitar a mão-de-obra estrangeira que está disponível para trabalhar em Portugal, pelo que tem apelado à agilização do processo de legalização destes trabalhadores.

O setor que é um dos destaques da edição de 2018 da EMAF - Feira Internacional de Máquinas, Equipamentos e Serviços, que se realiza de 21 a 24 de novembro na Exponor, no Porto, tem vindo a aumentar a sua capacidade exportadora apostando na inovação.

"As empresas nacionais deste setor estão muito atentas a esta mudança de paradigma na economia e na indústria e, nesse sentido, muitas delas estão já a desenvolver processos de digitalização, automação e robotização das suas fábricas", lê-se no comunicado da organização.

Esta robotização não visa, contudo, "a destruição de postos de trabalho, mas sim a substituição de perfis profissionais mais obsoletos por outros com maior densidade tecnológica e mais valor acrescentado", o que exige, segundo a associação, um investimento cada vez maior em formação e inovação, nomeadamente em vertentes como a inteligência artificial, a cibersegurança, a automação, a robótica ou as ferramentas digitais.

Este ano, a EMAF vai contar com a maior participação internacional de sempre, confirmando assim a crescente importância do certame na abordagem às novas tendências do mundo industrial, de acordo com a associação.

O espaço encontra-se esgotado desde abril, ocupando a totalidade da Exponor, com cerca de 450 empresas a marcarem presença, destacando-se o reforço da participação internacional com as empresas espanholas, em maioria, mas também francesas, alemãs e italianas.

Sob o mote 'Na vanguarda das soluções e tecnologias de futuro', a feira contará ainda com o IX Concurso de Inovação destinado a promover as mais recentes tecnologias e soluções para a indústria.

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