Marcus Rashford concedeu uma extensa entrevista à edição desta terça-feira do jornal espanhol Sport, na qual se mostrou entusiasmado com a chegada ao Barcelona... sem falar, uma única vez, no Manchester United, clube que abandonou, a título de empréstimo, após entrar em 'rota de colisão' com o treinador, o português Ruben Amorim.
"Tudo é novo e muito bom. Ainda estou a adaptar-me, mas, sim, é uma cidade linda. Vivo com ilusão o meu período, aqui (...). Todos os momentos de uma carreira são cruciais. Para mim, é outro desafio. Estou aqui porque é aquilo que eu quero. O meu objetivo é ganhar", afirmou, não descartando a possibilidade de se mudar, a título definitivo, para Camp Nou.
"Numa instituição tão histórica como esta, todos os jogadores desempenham apenas um pequeno papel. Seria genial para mim poder ajudar nesta história, mas, como vocês dizem, isto é uma cedência, por agora, por isso, tenho de pensar no dia a dia, em fazer o melhor possível e em desfrutar o caminho", acrescentou.
"Há menos espaço em Espanha"
O internacional inglês estreou-se pela formação catalã logo na jornada inaugural de La Liga, tendo sido lançado para o lugar de Ferrán Torres, à passagem dos 69 minutos do triunfo conquistado na deslocação ao Son Moix, sobre o Mallorca, por 0-3. Agora, garante, está preparado para assumir seja qual for o papel que lhe for dado nos planos do treinador alemão Hans-Dieter Flick.
"Estive bem, foi uma nova experiência, ainda que agradável, mas, quanto mais tempo jogar neste campeonato, melhor serei. E também foi bom começar a temporada com uma vitória. É verdade que o jogo foi estranho, com dois cartões vermelhos [exibidos a Manu Morlanes, aos 33 minutos, e a Vedat Muriqi, aos 39], mas era importante ganhar", referiu.
"Talvez haja menos espaço em Espanha, mas penso que o jogo contra o Mallorca foi um caso extremo, sabes? Porque eles tinham menos dois jogadores em campo, por isso, colocaram todos na linha defensiva. Mas nem todos os jogos vão ser iguais. Quando jogava em Inglaterra, podias preparar-te muito para um jogo, mas o futebol é o futebol, e por isso é que todos amamos este desporto", prosseguiu.
"Qualquer coisa pode acontecer, a qualquer momento, por isso, penso que, como avançado, simplesmente, tens de estar preparado, saber ler o adversário, adaptar-te e, claro, os espaços são reduzidos, por isso, tens de pensar rápido e movimentar-te", completou.
"É claro que Lamine Yamal pode conquistar a Bola de Ouro"
A terminar, o avançado não poupou nos elogios tecidos a Lamine Yamal, apontando-o, inclusive, como um sério candidato à conquista da Bola de Ouro: "É claro que sim. Se não a conquistar este ano, irá conquistá-la no futuro. Dembélé, Raphinha... Todos a merecem. É difícil escolher um, mas todos são maduros e tiveram uma temporada fantástica. Lamine é tão jovem que, certamente, irá conquistá-la".
"É um talento de topo, um jogador de topo. O mais surpreendente é o quão maduro é, para a sua idade [18 anos], como pensa e como joga. Está muito acima da sua idade. É emocionante jogar com ele, e com os outros também. Estou a adaptar-me à mudança de ambiente, ao ritmo e ao futebol, e o melhor lugar para fazê-lo é em campo", rematou.
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