Mikhail Kavelashvili foi, este sábado, formalmente eleito como novo presidente da Geórgia, tendo recebido o apoio de 224 dos 300 deputados nacionais e municipais que participaram na votação, com muita polémica pelo meio.
A cerimónia realizada no parlamento foi boicotada pela oposição, de tal maneira que a líder Salome Zurabishvili, já fez saber que não tem qualquer intenção de abandonar o cargo que era seu desde dezembro de 2018, por não reconhecer a legitimidade do resultado legislativo das eleições parlamentares de outubro.
Líder e cofundador do 'Sonho Georgiano', partido com um discurso vincadamente anti-Ocidente, Mikhail Kavelashvili nem sempre teve o sonho de singrar na política. Aliás, o seu primeiro objetivo era mesmo afirmar-se... no mundo do futebol.
Natural de Bolnisi, este então avançado de 1,80 m de altura de 76 kg de peso cumpriu formação no Loco Academy, antes de dar o 'salto' para o popular Dínamo Tbilisi, em 1988. Sete anos depois, partiu para a Rússia, para representar o Spartak Vladikavkaz.
As boas exibições acabaram por chamar a atenção do Manchester City, um então modesto clube que lutava pela 'sobrevivência' na Premier League, visto que os milhões oriundos dos Emirados Árabes Unidos só chegariam em 2008.
Mikhail Kavelashvili até marcou no jogo de estreia, e logo perante o Manchester United, a 6 de abril de 1996, mas não bastou para evitar uma derrota, por 2-3. No final da época, o clube 'tombou' ao Championship, e este não mais foi capaz de se impor.
Em 1996/97, marcou apenas dois golos em 25 jogos, pelo que acabou emprestado ao Grasshopers. Seguiram-se passagens por Zurique, Luzern, Sion, Spartak Vladikavkaz, Aarau e Basileia, onde acabaria por colocar um ponto final na carreira, em 2007.
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