O Quem tem um Pedro é feliz, mas quem tem Porro tem direito a sorrir no final. Numa fria noite de sexta-feira, o Sporting somou o primeiro triunfo de 2023 na receção ao Vizela (2-1), mas vira a página da primeira metade da I Liga com ainda muitas coisas por ajustar.

É certo que os verde e brancos voltaram aos triunfos na viragem do campeonato, após uma derrota em casa do Marítimo e um empate, no último fim de semana, no dérbi lisboeta contra o eterno rival Benfica, mas seguem para 17 novas jornadas com mais dúvidas do que certezas quanto ao futuro.

Numa noite algo desinspirada para os homens mais ofensivos dos leões, nomeadamente Paulinho e Francisco Trincão, os minhotos, que se estiveram afoitos diante do Sporting, conseguiram empurrar a resolução da partida para o segundo tempo. Pote abriu a contagem, após desviar um passe certeiro de Porro, Méndez empatou e intranquilizou os leões.

A precisar de um trunfo para não perder de vista os lugares de acesso à Liga dos Campeões na próxima época, Rúben Amorim colocou Coates em posição de ponta de lança, mas foi Pedro Porro a colocar um sorriso na cara dos adeptos do Sporting. Alheio aos rumores de que poderá estar de saída dos lisboetas, o espanhol disse presente rumo à conquista dos três pontos.

Mas vamos às notas do encontro:

Figura

'Se queda o se va Porro?' Esta é uma pergunta à qual todos os sportinguistas gostariam de ter resposta. Pedro Porro voltou a mostrar neste jogo com o Vizela a importância que tem no onze dos leões. Esteve nos dois golos desde suado triunfo, assistindo para Pote e, perto do apito final, convertendo o penálti que deu a vitória ao Sporting.

Surpresa

Fabijan Buntic defendeu quase tudo o que havia para defender. Num espaço de dez minutos, negou golos que pareciam certos de Paulinho e Trincão. Não é por sua culpa que o Vizela sai derrotado de Alvalade.

Desilusão

Francisco Trincão continua a merecer honras de lugar no onze titular dos leões, mas, mais uma vez, mostrou ser muito inconstante durante toda a partida. Algo nervoso, o português falhou em lances que pareciam fáceis.

Treinadores

Rúben Amorim: A equipa do Sporting voltou a mostrar alguma bipolaridade que tinha sido aponta na antevisão a este encontro. Esta intranquilidade no primeiro jogo em casa no presente ano poderia ter custado a conquista dos três pontos perante um adversário bem organizado. Ficou também na retina o facto da equipa ter melhorado, e muito, com a colocação de Pedro Gonçalves em terrenos mais avançados. É aí que o médio é um maior perigo para a baliza adversária.

Manuel Tulipa: Os minhotos apresentaram-se em Alvalade com uma estratégia alternativa, que conseguiu ir fechando as portas da baliza de Buntic no primeiro tempo. O plano montado pelos vizelenses resultou até ao golo de Pote, mas o empate surgiria pouco tempo depois. A equipa fechou-se mais atrás para tentar a conquista de um precioso ponto, mas um erro de Igor Julião deitou por terra essa ideia.

Arbitragem

Rui Costa foi muito assobiado no lance que valeu o empate ao Vizela. Apesar dos protestos do tribunal de Alvalade, a verdade é que o golo é mesmo válido, uma vez que a bola bate no árbitro quando estava na posse da equipa vizelense. De resto, foi uma arbitragem conseguida do juiz portuense, que tomou a melhor decisão ao ir consultar o VAR aquando da falta de Igor Julião sobre Paulinho que originou o golo de Porro.

Leia Também: Leão 'cavalga' nas costas de Porro e não deixa escapar sonho da Champions