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Leão pode olhar para Jesus na liderança: As notas do Sporting-Farense

Sporting chega ao Natal no trono do campeonato, independentemente do que o Benfica de Jesus fizer em Barcelos neste domingo.

Leão pode olhar para Jesus na liderança: As notas do Sporting-Farense
Notícias ao Minuto

07:13 - 20/12/20 por Ricardo Santos Fernandes

Desporto Análise

No espaço de duas semanas o leão provou as dores para, neste sábado, ser o causador das dores. Passamos a explicar. A 5 de dezembro, o Sporting saiu de Famalicão com um empate que apenas foi consumado pela equipa minhota ao minuto 89, por intermédio de Jhonata Robert, para ontem escrever o triunfo em Alvalade, no último minuto do tempo regulamentar, por Sporar.

As dores de quem viu dois pontos fugir a norte foram agora, duas semanas volvidas, substituídas pela felicidade de ver dois pontos serem acrescentados graças a um penálti caído do céu (mas disso falaremos mais à frente, quando for altura de avaliar o trabalho do árbitro André Narciso).

O leão venceu o Farense, por 1-0, através de um castigo máximo convertido por Sporar... naquele que foi o segundo de três remates enquadrados dos pupilos de Amorim à baliza de Defendi.

O clube de Alvalade, numa triste exibição, assegurou o mais importante... o triunfo, num reencontro com o emblema algarvio 18 anos depois. Curiosamente, em 2002 o resultado foi idêntico e na altura decidiu... João Vieira Pinto.

E, mais do que a vitória, o leão assegura algo ainda mais valioso... a liderança do campeonato. Um Natal no primeiro lugar que há muito não se via no reino do leão. Agora falta apurar o que primeiro classificado fará antes da viragem do ano, num encontro a disputar no Jamor frente ao Belenenses SAD.

Vamos então aos destaques deste Sporting-Farense:

Figura do jogo: Ryan Gauld não merecia resultado tão inglório. Tudo fez para sair de Alvalade com pelo menos um ponto e até mais alguma coisa. Foi o 'pistoleiro' de serviço dos algarvios com quatro remates, dois dos quais enquadrados com a baliza. Ainda com dois passes para finalização e uma qualidade de desarme acima da média, o ex-Sporting provou que foi, indubitavelmente, o leão (de Faro) com mais garras no coliseu verde e branco.

Surpresa do jogo: Palhinha acabou por ser dos poucos sopros de felicidade de uma armada leonina triste, confusa e quase sempre sem criatividade. Do médio leonino, mesmo assim, foram construídas e 'pinceladas' as melhores pinturas verde e brancas. Em termos defensivos, esteve quase sempre irrepreensível. 

Desilusão: Deve ter assinalado, muito provavelmente, uma das piores exibições desde que chegou a Alvalade no passado verão. Porro, sem o fulgor ofensivo de outros tempos, não participando, como é seu apanágio, nos meandros ofensivos dos leões foi também um dique no setor defensivo, nomeadamente, na primeira parte em que esteve num desacerto horripilante ao nível do passe.

Treinadores:

Rúben Amorim: Venceu, mas não convenceu. Saiu de Alvalade satisfeito pelo resultado que conseguiu e uma liderança natalícia que há tantas épocas fugia. Todos os dados estatísticos podem ser favoráveis a um leão que almejou um recorde pontual desde que um jogo vale três pontos (em igualdade com as épocas 2015/16 e 2017/18), porém Rúben Amorim chumbou neste exame algarvio. Montou uma equipa sem agressividade a meio campo, pouco esclarecida no ataque e com uma intensidade de jogo aflitiva. 

Sérgio Vieira: Olhando para a classificação, até parece mentira ver um Farense em zona tão perigosa da classificação quando chega a Alvalade e coloca, sem pudores, o leão em sentido. O emblema do sotavento algarvio apresentou-se em Lisboa organizado e com ideias esclarecidas. Não se pautou apenas por ser um relógio suíço a defender, mas também em setores mais avançados no relvado mostrou atrevimento para querer algo mais do que o nulo. E os dados não mentem: o Farense acaba o jogo com tantos remates enquadrados como o líder (três).

Árbitro da partida

André Narciso: Num jogo de poucos rasgos individuais o homem do apito decidiu agarrar os 'holofotes' de Alvalade ao minuto 90. Há quem deseje cair em graças, outros que são engraçados por natureza. Há árbitros que se esforçam para serem bons, outros que são maus... por natureza. André Narciso continua sem provar que é um juiz de elite, digamos até de classe média. Rubricou mais uma péssima exibição. Nervoso, sem critério no aspeto disciplinar e na variante técnica um desastre. Se efetivamente Defendi toca na cara de Feddal, também é certo que esse choque ocorre depois do guardião do Farense tocar primeiramente na 'redondinha'. Depois de uma análise rigorosa no VAR decidiu manter uma decisão que condicionou o vencedor final da partida. André Narciso sai de Alvalade com uma nota mínima e até prova em contrário continua a ser um juiz de poucos créditos, mas nós, jornalistas, também nos enganamos. O árbitro de Setúbal terá, seguramente, futuras oportunidades para nos desmentir. 

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