'Benzinho' e 'Vou-me despedir do rio' vencem festival de cinema
A longa-metragem brasileira 'Benzinho' e a curta documental portuguesa 'Vou-me despedir do rio' venceram hoje em Santa Maria da Feira a 21.ª edição do Festival de Cinema Luso-Brasileiro, disputada por um total de 31 filmes.
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Américo Santos é o diretor do certame e declarou à Lusa que 'Benzinho', realizado por Gustavo Pizzi, retrata "o mosaico emocional de uma família à beira de um ataque de nervos" devido à partida do primogénito para uma carreira desportiva noutro país.
Com protagonistas como Adriana Esteves, Konstantinos Sarris e Otávio Muller, o filme destacou-se entre as sete obras de ficção brasileiras selecionadas para a categoria dos longa-duração e teve agora estreia em Portugal, depois de exibido no Sundance Film Festival, nos Estados Unidos.
Já na secção das curtas-metragens, disputada por 24 obras portuguesas e brasileiras, o prémio principal coube aos realizadores David Gomes e Pedro Cruz, que em 'Vou-me despedir do rio' adotaram o registo de "documentário poético" para contar a história do "desaparecimento da arte do linho e do colapso da Fábrica do Caima", em Ribeira de Fráguas.
O Festival de Cinema Luso-Brasileiro distinguiu ainda outras obras em ambas as categorias, como a longa-metragem 'A moça do calendário', de Helena Ignez (BR), e a curta 'Água Mole', de Laura Gonçalves e Alexandra Ramires (PT), ambas destacadas com o Prémio do Público.
Também em destaque esteve a longa 'Unicórnio', do brasileiro Eduardo Nunes, que venceu tanto o Prémio dos Cineclubes como o Prémio Especial do Júri.
Outras obras em relevo nessas categorias foram ainda as curtas 'Torre', com que os Cineclubes distinguiram a realização da brasileira Nádia Mangolini, e 'Tudo o que imagino', com que o Júri compensou o trabalho da portuguesa Leonor Noivo.
Ambas as distinções atribuídas pela Crítica, por sua vez, privilegiaram a cinematografia brasileira, premiando a longa 'Pendular', de Júlia Murat, como a curta 'Superpina', de Jean Santos.
O mesmo aconteceu com o Prémio Revelação: nas longas-metragens, a nova promessa é o realizador André Lage, pelo filme 'Los Leones', e nas curtas Safira Moreira, que dirigiu 'Travessia'.
Quanto à representação, só houve prémios na categoria relativa aos filmes mais extensos e os eleitos também foram atores brasileiros: Martha Nowill, do filme 'Vermelho Russo', e André Guerreiro, de 'A moça do calendário'.
Mais favoráveis ao desempenho português foram as três menções honrosas atribuídas pelo júri à longa-metragem 'Vermelho Russo', uma coprodução luso-brasileira realizada por Charly Braun, e às curtas portuguesas 'Laura', de Tânia Dinis, e 'Habitado', de Daniela Fortuna.
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